Reunião pública de 15-9-1961.
1ª Parte — Cap. VII, Item 3 — § 19.
1 Espíritos imperfeitos!
No círculo das paixões que se agitam na Terra, somos nós todos.
2 Abriste a outrem o túnel da paciência e não te furtaste ao desespero, quando o tempo te trouxe o dia da prova.
3 Receitaste heroísmo ao companheiro dilacerado e acolheste a revolta, quando te beliscaram a pele.
4 Pregaste desinteresse aos que ajuntaram alguns vinténs e esqueceste os necessitados, quando a fortuna te procurou.
5 Estranhaste o procedimento culposo dos vizinhos e resvalaste em mais baixo nível, na hora da tentação.
6 Por isso mesmo, qual nos acontece, ao toque da verdade, tens a luz da esperança na dor da insatisfação.
7 No entanto, apesar dos mais duros conflitos de consciência, prossegue indicando o bem.
8 Exercício na escola é base do ensino.
9 Aluno desanimado perde a lição.
10 Fazendo luz para os outros, acabamos medindo a sombra que nos é própria.
11 Não admitas que nós, os amigos desencarnados, estejamos como quem fala de palanque blindado, à praça indefesa.
Obreiros da mesma obra, servimos em duas frentes.
12 Choras pelos que viste partir.
Choramos nós pelos que ficaram.
13 Trabalhamos por ti, a cujo passo recorreremos em nova reencarnação.
Trabalhas por nós, que seremos teus filhos.
14 Imperioso purificar-nos para o voo supremo aos mundos felizes.
Tanto aí quanto aqui, é preciso aprender, sofrendo, e subir, resgatando.
15 Assim pois, diante do irmão caído no mal, compadece-te dele e ensina o bem, mesmo que o mal ainda te ensombre.
16 A compaixão mostra o caminho da caridade e, sem caridade uns para com os outros, não há segurança para ninguém.
Emmanuel