Reunião pública de 14-4-1961.
1ª Parte — Cap. VI — Item 4.
1 É natural que consideres teu problema qual espinho terrível.
2 É justo reconheças tua prova por agonia do coração.
3 Ergues súplice olhar, no silêncio da prece, e relacionas mecanicamente aqueles que te feriram.
4 É como se conversasses intimamente com Deus, apresentando-lhe vasto balanço de amarguras e queixas…
5 E o Supremo Senhor cuidará realmente de ti, alentando-te o passo… Entretanto, é preciso não esquecer que ele cuidará igualmente dos outros.
6 Lança mais profundo olhar naqueles que te ofenderam, conforme acreditas, e compara as tuas vantagens com as deles.
7 Quase sempre, embora se entremostrem adornados de ouro e renome, nas galerias da evidência e da autoridade, são almas credoras de compaixão e de auxílio… 8 Traíram-te a confiança, contudo, tombaram nas malhas de pavorosos enganos; 9 humilharam-te impunemente, mas adquiriram remorsos para imenso trecho da vida; 10 dilaceraram-te os ideais, entretanto, caíram no descrédito de si próprios; 11 abandonaram-te com inexprimível ingratidão, todavia, desceram à animalidade e à loucura…
12 Não é possível que a Luz do Universo apenas te ampare, desprezando-os a eles que se encontram à margem de sofrimento maior.
13 Unge-te, assim, de paciência e compreensão para ajudar na Obra Divina, ajudando a ti mesmo.
14 Em qualquer apreciação, ao redor de alguém, recorda que o teu Criador é também o Criador dos que estão sendo julgados.
15 É por isso que Jesus, em nos ensinando a orar, revelou Deus como sendo o amor de todo amor, afirmando, simples: “Pai nosso, que estás nos Céus…” ( † )
Emmanuel