Reunião pública de 20-2-1961.
1ª Parte — Cap. II — Item 3.
1 Meditando na morte, honra, servindo, a estância carnal em que te hospedas por algum tempo.
2 Nela, descobrirás com frequência os que fazem ironia, em torno da fé; os que se referem à virtude, como sendo uma farsa; os que falam de corrida ao poder, calcando aos pés o coração dos semelhantes; os que zombam da lealdade e os que improvisam redutos de fantasioso prazer, argamassando-os com o pranto das viúvas e dos órfãos.
3 Não te padronizes pelo figurino moral que apresentam, porquanto, qual acontece contigo, ainda que não queiram, permanecem de viagem, na Terra, e cada um prestará contas de si próprio, no momento oportuno.
4 Se a semente conseguisse ouvir-nos, acerca da valiosa tarefa de que se incumbirá na alimentação do povo, quando estiver convertida em árvore, talvez nos recusasse os vaticínios, e se a lagarta pudesse escutar-nos sobre a futura condição que a espera, dentro da qual volitará no espaço com asas de borboleta, provavelmente nos interpretaria por loucos.
5 Não te molestem, assim, as considerações pueris dos irmãos nossos que procuram transformar a vida terrena em floresta de impulsos selvagens, gastando a existência em caça e pesca de emoções inferiores.
6 Persiste na reta consciência e faze o teu melhor.
7 Dos Planos Superiores, os amigos que te antecederam na Pátria Espiritual acompanham-te os triunfos ignorados pelos homens e abençoam-te o suor da paciência nas lutas necessárias; 8 encorajam-te na causa do amor puro e sustentam-te as energias para que as tuas esperanças não desfaleçam; 9 comungam-te as alegrias e as dores, ensinando-te a semear a felicidade dos outros para que recolhas a felicidade maior; 10 se tropeças, estendem-te os braços e, se choras, enxugam-te as lágrimas; 11 sobretudo, esperam-te, confiantes, quando termines a tarefa, para te abraçarem, afetuosos, com a alegria de quem recebe um companheiro querido, de volta ao lar.
12 Persevera no bem, sabendo que viverás para sempre.
13 E se te sentires sozinho na fé, lembra-te de Jesus.
14 Um dia, ele esteve abandonado e crucificada no alto de uma colina, contemplando amigos desertores e algozes gratuitos, beneficiários ingratos e adversários inconscientes… 15 Na conceituação humana, estava plenamente sozinho; contudo, ele com Deus e Deus com ele formavam maioria, ante a multidão desvairada.
Emmanuel