Reunião pública de 30-1-1961.
1ª Parte — Cap. III — Item 8.
1 Há quem deseje tranquilidade ideal na Terra, com a pretensão de fugir ao erro.
2 Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
3 Fontes claras, correndo perto, e jardim florido.
4 Clima doce e perfume da natureza.
5 Nenhum aborrecimento.
Nenhum cuidado.
6 Falta alguma.
Problema algum.
7 Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte, em poltronas e redes.
8 No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades se aperfeiçoam.
9 Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros da experiência mais nobre, é no serviço do amparo mútuo e da tolerância recíproca que havemos de transformá-lo em bem duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras de ontem para convertê-las na luz de hoje.
10 Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor, e, escravizados aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados, uns aos outros, no instituto da reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior que já foi feito por nós mesmos, nas existências passadas.
11 Ninguém progride sem alguém.
12 Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.
13 Trabalho é ascensão.
14 Dor é burilamento.
15 Toda adversidade avisa, 16 todo sofrimento instrui, 17 todo pranto lava, 18 toda dificuldade esclarece 19 e toda crise seleciona.
20 Virtude solitária é pão na vitrine.
21 Competência no palanque é usura da alma.
22 Todos somos alunos na escola da vida.
E ninguém consegue aprender, sem dar a lição.
Emmanuel