1 De longada nos caminhos,
Passam velhos pobrezinhos
A sofrer, sem pão, sem lar…
Ao sabor da ventania,
Suportam a noite fria
A gemer e mendigar.
2 Choram à míngua de afeto,
Sem a carícia de um neto
Nos dias de solidão.
Foram jovens, entretanto…
São hoje estátuas de pranto,
De pobreza, de aflição.
3 Olhando esse quadro amargo —
Oh! nunca passeis de largo,
Gargalhando e andando ao léu! —
Dai-lhes o pão da bondade,
Que a bênção da caridade
Será vossa luz no Céu.
João de Deus
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