1 Examinemo-nos tais quais somos, no curso das reuniões que nos enlaçam as manifestações de fé num templo espírita.
2 Integrados no clima da oração, reconhecemo-nos uns à frente dos outros por verdadeiros irmãos, ante a Paternidade Divina.
3 Partilhando os móveis do recinto, sentamo-nos, indiscriminadamente, sem preconceitos da convenção social e sem os caprichos da consanguinidade.
4 Quando um pensamento repreensível nos visita, sem a mínima hesitação, afastamo-lo da cabeça.
5 Se um amigo assume posição inconveniente, reconhecemos de pronto, a necessidade de entendimento e compaixão, adotando o silêncio ou a explicação salutar, sem recorrer à censura.
6 Selecionamos as melhores palavras do estoque de conhecimentos gerais, colocando empenho em não ferir quem nos ouve.
7 Se escutamos um conceito impensado, desculpamos de imediato a inexperiência de quem o profere.
8 Se um serviço aparece emprestamos as mãos para executá-lo em oferta espontânea.
9 Cuidado, gentileza, discrição, cordialidade e respeito são as características principais que diligenciamos exteriorizar para que nos distingam a personalidade e a presença.
10 Nossas reuniões dedicadas à prece e ao estudo são, em razão disso, aulas autênticas de espiritualidade e aprimoramento, ensaios de comunhão fraternal para as Esferas superiores. Nelas temos hoje em plano menor o esboço do que será a vida, para nós, em plano maior amanhã.
11 Considerando semelhante motivo, se nos faz muito importante o autoexame, observando por nós mesmos, o próprio comportamento no espaço de tempo que somos chamados a viver, lutar, trabalhar e aprender entre elas, porque, se nas atividades do templo que nos irmana, mostramos somente a parte elogiável de nossa alma, a fim de que os companheiros de nosso nível de experiência nos reconheçam a melhoria no esforço de ascensão para Deus, é justo não esquecer que os Mensageiros de Deus, de outros modos, nos examinem o verdadeiro aproveitamento nos intervalos.
Emmanuel
[Outubro de 1981]