1 Contempla a criança que nasce e recorda a condição de carência a que aportaste no mundo.
2 Não eras senão o minúsculo viajor, destituído de todos os recursos, a valer-se do sacrifício materno, para abordar a embarcação frágil do berço, iniciando a viagem no oceano da experiência terrestre.
Nem vestimenta, nem pão.
Nem dinheiro, nem títulos.
3 É preciso lembrar algumas vezes a nossa posição de usufrutuários da Terra, quando lhe envergamos o veículo físico, a fim de que não venhamos a viver entre os homens no falso regime da apropriação indébita.
4 É por isso que Jesus, a cada passo do Ministério Divino, ensinou a renúncia e exemplificou-a, desassombrado e humilde, da manjedoura de palha à cruz da morte.
5 Honra a teus pais e ajuda-os quanto possas.
Isso é simples dever.
Entretanto, não te ensombre o coração a tirania de exigir-lhes a adesão ao teu próprio caminho.
6 Ama a tua esposa ou ao teu esposo, aos teus filhos ou aos teus afeiçoados e amigos.
Isso é obrigação na luta diária, contudo, não lhes imponhas o teu modo de ser e de ver, porquanto, cada criatura respira no degrau de evolução e entendimento que lhe é próprio.
7 Estudando o Evangelho, não olvides a lição do Reino de Deus ( † ) que, segundo o Senhor, não se encontra aqui ou acolá, mas sim em ti mesmo, portas a dentro do próprio espírito, nos mais íntimos refolhos da consciência e do coração.
8 E, renunciando ao capricho de padronizar as opiniões e preferências daqueles a quem amas pelo estalão de teus próprios pontos de vista, aprenderás que deixar alguém, isso ou aquilo, por amor do Cristo, é servir com mais devotamento a todos os que nos cercam, deixando de lado os nossos desejos e exigências, para, em suprema fidelidade a Deus, perseverarmos, valorosos e firmes, na obra do bem até o fim.
Emmanuel