1 É possível estejas atravessando a provação de observar criaturas queridas, nas sombras de provação maior.
2 Almas queridas anestesiadas no esquecimento de obrigações que lhes dizem respeito; companheiros dominados por enganos que lhes furtam a paz; filhos que se terão marginalizado em desequilíbrio e amigos que se afirmam cansados de esperar pela vitória do bem para abraçarem, depois, larga rede de equívocos que se lhes farão caminhos dolorosos…
3 Ao invés de reprová-los, compadece-te deles e continua fiel ao trabalho de elevação que esposaste.
4 Se permanecem contigo, tolera-lhes com bondade os impulsos de incompreensão, auxiliando-os, quanto puderes, a fim de que se retomem na segurança de que se distanciam.
5 Se te abandonam, não lhes impeças a marcha, no rumo das experiências para as quais se dirigem.
6 Sobretudo, abençoa-os com os teus melhores pensamentos de proteção.
7 Recorda que se consegues ajuizar quanto às necessidades de alma que patenteiam, é forçoso reconhecer que são eles doentes perante a sanidade em que te mostras.
Busca entender-lhes a perturbação e ora por eles.
8 São companheiros que a rebeldia alcançou em momentos de crise; 9 corações que se renderam ao materialismo que admite os prodígios da vida unicamente por um dia; 10 seres amados que ainda não suportam a disciplina pelo próprio burilamento ante a imaturidade em que se encontram ou Espíritos queridos sob a hipnose da obsessão.
11 Embora pareça que não te amem, ama-os mesmo assim.
12 Entretanto, se te permutam a fé por insegurança ou se trocam a luz pelo nevoeiro, não precisas acompanhá-los porque os ames.
13 Se tudo já fizeste para sustentá-los em paz, entrega-os à escola do tempo que de ninguém se desinteressa.
14 Os que procuram voluntariamente espinheiros e pedras na retaguarda, um dia, voltarão à seara do bem que deixaram…
15 Onde estiveres, abençoa-os.
Como estiverem, abençoa-os.
16 E ainda que isso te doa ao coração, continua fiel a ti mesmo, no lugar de servir que a vida te confiou, porque Deus os protege e restaura no mesmo infinito amor com que vela por nós.
Emmanuel
(Reformador, outubro 1976, p. 295)
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1979 pela editora GEEM e é a 19ª lição do
livro “Urgência”.