“E indo as mulheres anunciá-lo aos seus discípulos, eis que Jesus lhes surge ao encontro, dizendo: “Eu vos saúdo!” — (Mateus, 28.9)
1 Esbatera-se no horizonte a treva noturna.
2 Ao clarão do amanhecer, as mulheres de Jerusalém dirigem-se ao sepulcro do Eterno Amigo para a exaltação da saudade.
3 Inquietas, porém, encontram-no vazio.
Guardas atônitos comunicam-lhes que a vida triunfara da morte…
4 E quando as irmãs fiéis se voltam, em regozijo, para anunciar aos companheiros a grande nova, eis que Jesus lhes surge, redivivo, ao encontro, exclamando, feliz: — “Eu vos saúdo!”
5 Não é um fantasma que regressa.
6 Não é um morto entre panos do túmulo.
7 Não traz qualquer sinal de tristeza.
8 Não espalha terror e luto.
9 O Mestre irradia jubiloso amor e clama: “Salve!”
10 No limiar deste livro, formado com a palavra viva dos amigos desencarnados, recordamos o Benfeitor Celeste, em sua gloriosa ressurreição, e desejamos sejam essas páginas uma saudação dos vivos da Espiritualidade que bradam para os vivos da Escola Humana:
— Irmãos, aproveitai o tempo que vos é concedido na Terra para a construção da verdadeira felicidade!…
11 A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
12 Vinde à esperança, vós que chorais na sombra da provação!
13 Suportai a dor como bênção do Céu e avançai para a luz sem desfalecer!…
14 Além da cinza que o túmulo espalha sobre os sonhos da carne, a alma que amou e elevou-se renasce plena de alegria na vida eterna, qual esplendoroso sol, fulgurando além da noite.
15 Depois de curto estágio na Terra, estareis conosco na triunfante imortalidade!
16 Ajudai-vos uns aos outros.
17 Educai-vos, aprendendo e servindo!…
18 E, buscando a inspiração de Jesus para a nossa luta de cada dia, roguemos a Deus nos abençoe.
Emmanuel
Pedro Leopoldo, 10 de junho de 1955.