Nas tarefas da reunião de 6 de maio de 1954, depois do serviço habitual de socorro a desencarnados em sofrimento, nosso amigo André Luiz n fez-se ouvido por nós, de maneira clara e incisiva, acordando-nos para a necessidade do verbo bem conduzido, com os seguintes ensinamentos.
1 Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.
2 Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.
3 Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.
4 De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.
5 Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
6 A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.
7 Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.
8 Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinquência e desagregação espiritual.
9 Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno.
10 Disse o profeta que “a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata”. ( † )
No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.
11 Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.
12 Busquemos sentir com Jesus.
13 Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.
André Luiz