1 Enquanto alimentamos o mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estamos sob os choques de retorno das nossas próprias criações, dentro da vida.
2 As dores que recebemos são a colheita
dos espinhos que arremessamos.
3 Agora ou amanhã, recolheremos
sempre o fruto vivo de nossa sementeira.
4 Há plantas que nascem para o serviço
de um dia, quais os legumes que aparecem para o serviço da mesa, enquanto
outras surgem para as obras importantes do tempo, quais as grandes árvores,
nutridas pelos séculos, destinadas à solução dos nossos problemas de
moradia.
5 Assim também praticamos atos,
cujos reflexos nos atingem, de imediato, e mobilizamos outros, cujos
efeitos nos alcançarão, no campo do grande futuro.
6 Em razão disso, enquanto falhamos
para com as Leis que nos regem, estamos sujeitos ao tacão da justiça.
7 Só o amor é bastante forte para
libertar-nos do cativeiro de nossos delitos.
8 A Justiça edifica a penitenciária.
O amor levanta a escola.
9 A justiça tece o grilhão.
O amor
traz a bênção.
10 Quem fere a outrem encarcera-se
nas consequências lamentáveis da própria atitude.
11 Quem auxilia
adquire o tesouro da simpatia.
12 Quem perdoa eleva-se.
13 Quem se vinga desce aos despenhadeiros
da sombra.
14 Tudo é fácil para aquele que
cultiva a verdadeira fraternidade, porque o amor pensa, fala e age,
estabelecendo o caminho em que se arrojará, livre e feliz, à alegria
da Vida Eterna.
15 Quem deseje, pois, avançar
para a Luz, aprenda a desculpar, infinitamente, porque o Céu da liberdade
ou o inferno da condenação residem na intimidade de nossa própria consciência.
16 Por isso mesmo, o Mestre Divino
ensinou-nos a pedir na oração dominical: — “Pai, perdoa as nossas dívidas,
assim como devemos perdoar aos nossos devedores.” ( † )
Emmanuel
Essa mensagem, com pequena diferença nos indicadores 11 e 14, foi publicada pela FEB em fevereiro de 1956 no Reformador.