1 Os fenômenos mediúnicos a se evidenciarem, inevitáveis, nas estradas do homem, guardam expressiva similitude com a presença das águas, nos caminhos da Terra.
2 Águas existem, por toda parte. Possuímo-las cristalinas em fontes recamadas de areia, pesadas de barro nos rios que desgastam o solo, tisnadas na sarjeta em que rolam depois da chuva, lodacentas no charco, furtadas de represas, concentradas em lagoas infectas, amargas em poços largados no esquecimento, semi-envenenadas nos esgotos de lama…
3 Todas elas, contudo, podem ser decantadas, medicadas, purificadas e renovadas para servir.
4 Assim também os fenômenos mediúnicos. Venham de onde vierem, assinalam-se por determinado valor.
5 Entretanto, é preciso não esquecer que devem ser examinados, raciocinados, interpretados e compreendidos para mostrarem proveito justo.
6 Para eles e junto deles, todos nós temos a Doutrina Espírita por filtro de tratamento.
7 À vista disso, não desprezeis fato algum, mas, igualmente, em tempo algum, não vos canseis de estudar.
Albino Teixeira