1 Se pretendes ajudar o cérebro que desatina, atende igualmente ao estômago que padece.
2 “Mente sã em corpo são” — doutrinava a cultura antiga.
E ninguém terá pensamento sadio sem digestão correta.
3 Claro que não nos referimos aqui aos abusos do prato, mas à refeição frugal e pura que mantém a saúde física.
4 Não olvidemos, assim, a obrigação de sossegar as necessidades básicas do próximo para que lhe possamos doar a mensagem de nossa fé.
5 Nem somente pão excessivo que redunde em moléstia e viciação.
6 Nem somente discurso sistemático que resulte em demagogia e retórica.
7 Orientação para o cérebro.
Socorro para o estômago.
8 Exemplo e lição, atitude e palavra.
9 Alimento e agasalho, remédio e consolo.
10 Estudo que edifique.
11 Bondade que reconforte.
12 Refeitório que restaure.
13 Escola que ilumine.
14 Através do Evangelho, no capítulo seis dos Atos dos Apóstolos, ( † ) somos informados de que no primeiro santuário do Cristianismo em Jerusalém, havia quem amparava os sedentos de luz e quem servia aos famintos de pão.
15 Conjugavam-se tribuna e mesa, verdade e amor para a vitória da luz.
16 Assim sendo, no apostolado espírita que revive o ministério divino de Nosso Senhor, não nos esqueçamos das aflições da alma e do corpo.
17 Auxiliemos as vítimas da ignorância, sem olvidar as criaturas que jazem sob o grilhão das calamidades materiais.
18 O cérebro depende do estômago para governar a vida orgânica. O estômago depende do cérebro para sustentá-la.
Ambos reclamam atenção e carinho.
19 Foi por isso talvez que a Sabedoria Divina separou um e outro, impondo-lhes o coração de permeio.
Scheilla