“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque deles é o reino de Deus” — Jesus (LUCAS, 18.16)
1 Surge o progresso da sucessão constante de labores variados em todas as frentes de atividade humana.
2 Um esforço acompanha outro, um objetivo mais aperfeiçoado modifica os movimentos da criatura.
3 Vida após vida, geração à geração, a Humanidade caminha recebendo luz e burilamento.
4 Toda a vida futura, no entanto, depende inevitavelmente da vida presente, como toda colheita próxima se deriva da sementeira atual.
5 A infância significa, por isso, as vibrações da esperança nos dias porvindouros, muito embora a fragilidade com que se caracteriza.
6 A ingenuidade dos pensamentos e a meiguice dos modos, dão à criança os traços da virgindade sentimental necessária ao espírito para galgar os estágios superiores da evolução.
7 Eis, por que, o Senhor, com muita propriedade, elegeu na infância o símbolo da pureza indispensável à sustentação do ser na Vida Maior.
8 No período infantil encontramos as provas irrecusáveis de que as almas, possuem, no âmago de si mesmas, as condições potenciais para a angelitude.
9 Urge, pois, saibamos viver com a simplicidade dos pequeninos, na rota da madureza renunciando às expressões inferiores do egoísmo e do orgulho, da astúcia e da crueldade, que tantas vezes se nos ocultam nos gestos de fidalguia aparente.
10 No Reino de Deus ninguém cresce para a maldade.
11 Sejamos simples, vivendo o bem espontâneo.
12 Observa, portanto, em ti, os sinais positivos que conservas da infância, como índice de valores morais para a excursão, monte acima.
13 Sê criança em relação ao mal que perturba e fere, realizando a maturação de teus sentimentos na criação do amor puro, porque somente no amor puro encontraremos acesso à Eterna Sublimação a que estamos destinados.
Emmanuel