1 Quanta aflição desaparecerá no nascedouro, se souberes sorrir em silêncio!
2 Quanta amargura esquecida, se desculpares o fel!
3 Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.
4 Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho é tão somente a chaga do coração envenenando-lhe a boca.
5 Auxilia mil vezes, antes de reprovar uma só.
6 O charco emite correntes enfermiças por não haver encontrado mãos que o secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho da fonte.
7 Deixa que a piedade se transforme no teu coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.
8 Não estendas a fogueira do mal com o lenho seco da irritação e do ódio!
9 Espera e ama sempre!
Em silêncio, a árvore podada multiplica os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos astros!…
10 Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso.
Sem reivindicações e sem ruído, escreveu os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da Terra.
11 Busquemos n’Ele o nosso exemplo na luta diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana, recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos da Vida Eterna.
Meimei