1 Senhor!…
Ensina-nos a agradecer os bens que temos recebido de tua Infinita Bondade, sem desconsiderar os supostos males com que a tua Misericordiosa Justiça nos consolida os bens que já possuímos.
2 Agradecemos a presença dos amigos que nos ampliam os recursos de modo a nos garantir o próprio reconforto, tanto quanto o concurso dos irmãos que nos auxiliam a despendê-los, seja pelos canais do trabalho ou perante a luz da beneficência; 3 dos que nos amparam a vida e daqueles outros que nos rogam apoio, exercitando-nos nas obras de assistência e solidariedade pelas quais jornadeamos para a aquisição do amor a que nos destinas; 4 dos benfeitores que nos administram aulas de educação e dos companheiros que se nos fazem examinadores do grau da paciência e tolerância em que estagiamos presentemente…
5 Agradecemos a bênção dos associados de trabalho e de ideal que nos reconfortam e a escora dos adversários cujo policiamento nos disciplina; 6 o amparo dos irmãos que nos animam a seguir para a frente e o incentivo daqueles outros que nos ajudam a encontrar as melhoras de que carecemos, através da crítica construtiva…
7 Senhor!…
Agradecemos a luz e agradecemos a sombra, sempre que a sombra nos impulsione a fazer mais luz e agradecemos o clima da harmonia que nos tranquiliza a estrada que nos cabe percorrer, tanto quanto a tempestade de incompreensão, toda vez que a incompreensão nos auxilie a descobrir a necessidade da concórdia, reunindo-nos os esforços uns dos outros para o levantamento da felicidade comum.
8 Diante da luta, induze-nos a reconhecer que unicamente a luta nos oferece os ingredientes precisos para a vitória da paz em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja, faze-nos recordar que somente aprendendo e reaprendendo é que fixaremos a lição.
9 Senhor!…
Não nos entregues ao suposto bem que se converta em mal, nem nos permitas menosprezar o suposto mal que nos conduza ao bem. 10 E sejam quais forem as provas a que formos chamados, ajuda-nos a reconhecer que a tua sabedoria misericordiosa reina sobre nós e que, acima das nossas tribulações e obstáculos, dificuldades e lágrimas, estamos todos reunidos em teu coração, incessantemente sustentados em teu amor para sempre.
Emmanuel
(Anuário Espírita 1974)
[1] Essa mensagem foi publicada também em 1988 pela editora Fonte Viva e é a 12ª lição da 2ª parte do
livro “Uma vida de amor e caridade.”