1 Escapulindo ao trabalho,
Expulsa dos bens da escola,
Fazia-se pobrezinha,
Saindo a pedir esmola.
2 Enganava os transeuntes,
Prendendo-lhes a atenção;
Xingava o trabalho sério
E tinha horror ao sabão.
3 Como o pássaro ocioso,
Que a todo dia se atrasa,
Maricota Senelepe
Raramente vinha a casa.
4 A mãe bondosa rogava
Mais cautela, mais juízo,
Mas a menina exclamava:
— De conselhos não preciso!
Casimiro Cunha
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