O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Hora certa — Emmanuel


Hora certa

1 “As ocorrências difíceis da vida terão, acaso, um momento previsto para emergirem dos arquivos do Tempo? 2 Os acidentes e as desencarnações violentas serão esquematizados, segundo as dívidas das criaturas humanas em existências passadas e conforme o imperativo dos resgates respectivos no presente?”


3 Amigo, as suas perguntas são idênticas às indagações de numerosos companheiros, sugerindo-nos a imersão nos estudos do Karma ou lei de causa e efeito.

4 Entretanto, os princípios de causa e resultados, nas manifestações que lhes dizem respeito, sofrem muitos agravantes e atenuantes no transcurso dos dias, de acordo com as renovações ou desregramentos de cada companheiro da Humanidade, e isso nos exigiria tratados especiais, em torno do assunto, dos quais, aliás, já se incumbem nobres mentores da ascensão espiritual, reencarnados do mundo.


5 Nesse sentido, pedimos vênia aos amigos que nos aguardam a palavra para recorrermos às lições práticas da Natureza.

6 Toda semente que plantarmos nos responderá, em hora certa, com a produção que se lhe vincule à espécie.
7 No entanto, ponderemos:
O tempo gasto pela bolota a fim de apresentar o carvalho nascente não é o mesmo despendido pela semente de laranjeira para mostrá-la no berço; a plantação da cidra não premia o pomicultor com os frutos esperados em processo idêntico ao da alface. 8 No capítulo das flores, o bulbo da amarílis não entretece a auréola colorida que o distingue no mesmo número de semanas em que o plantio de cravos no-los oferece à contemplação.

9 Cada elemento do mundo vegetal tem a hora exata de se desenvolver, germinar, florir ou frutescer.


10 Este livro simples não tem a pretensão de resolver problemas de botânica. Todas as páginas que o constituem expressam a necessidade de preparar-se o coração, de modo a receber, com êxito, as sementes de amor e paz, luz e renovação que nos foram confiadas pelo Celeste Pomicultor, Jesus Cristo.


11 O lavrador limpa a eira, esmonda o solo, retira pedras e espinheiros, espalha adubos e promove a irrigação para que a lavoura produza a benefício da comunidade. Assim também ocorre a nós outros.

12 Para assimilarmos os ensinamentos de Jesus na gleba de nossas próprias almas, é preciso agir à maneira do lavrador. E as páginas despretensiosas deste volume representam unicamente o nosso esforço na preparação de nossos raciocínios e sentimentos para que as sementes do Evangelho do Senhor não hajam chegado até nós em vão.


Emmanuel

Uberaba, 15 de outubro de 1986.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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