Com a “viagem” de nosso filho querido, Laurinho, muita coisa se modificou para nós.
Hoje, não almejamos senão caminhar numa linha reta, procurando amar ao nosso próximo como a nós mesmos.
Sabemos que estamos na Terra para progredirmos, burilando e educando o nosso Espírito, cumprindo provas necessárias escolhidas por nós mesmos, porém, sustentados pela infinita bondade de Deus, que não desampara a ninguém.
Acreditamos na Lei Universal de Causa e Efeito: colhemos hoje o que semeamos ontem.
Por que nascem criaturas deformadas ou anormais? Por que uns têm de tudo, enquanto outros mendigam um pedaço de pão?
Deus, que não castiga a ninguém, em Sua infinita bondade, não permitiria esse sofrimento se nós mesmos, em outras vidas passadas, não fôssemos devedores, ou cúmplices, de algo muito grave.
Ao voltarmos à Terra para o nosso burilamento, escolhendo uma dessas condições dolorosas, estaremos resgatando aquilo que tenhamos feito, procurando nossa recuperação e progresso.
E voltaremos quantas vezes forem necessárias, até atingirmos um determinado grau de perfeição, ganhando sempre alguns pontinhos para a próxima viagem.
Aceitando as provas com coragem, substituindo a nossa dor por favores materiais e, principalmente, morais e espirituais, em benefício do nosso próximo, ficaremos mais aliviados, mais confiantes, recebendo mais amor e bênçãos do Plano Superior.
Mães queridas! irmãs na dor, aqui estou para ajudá-las a empunhar a bandeira da coragem e da fé.
Não sou nenhuma fortaleza, mas, graças a Deus e a tudo o que consegui assimilar dos maravilhosos ensinamentos da Doutrina Espírita, venci a dor, venci a barreira da morte, a qual, tenho absoluta certeza, não existe. Ela é apenas uma mudança de estado de vida, uma troca de lugares, uma viagem longa mas bem mais maravilhosa do que todas as que já tenhamos feito.
O que nos falta é a compreensão e a fé em Deus, para aceitarmos que, realmente, a morte não existe. Ficaríamos, porventura, algumas dezenas de anos aqui na Terra e, depois, tudo se acabaria?
Não, essa explicação não é lógica nem aceitável. Temos provas e mais provas de que a vida continua, de que a Verdadeira Vida é aquela que começa exatamente quando esta se extingue e o corpo físico baixa à terra.
É claro, todos temos direito à imaginação, ao raciocínio e, principalmente, à saudade, mas precisamos ter absoluta Fé em Deus que, sendo infinitamente bom, nunca irá nos desamparar.
Priscilla Pereira da Silva Basile