O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Gaveta da esperança — Mensagens familiares de Laurinho


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A viagem

Com a “viagem” de nosso filho querido, Laurinho, muita coisa se modificou para nós.

Hoje, não almejamos senão caminhar numa linha reta, procurando amar ao nosso próximo como a nós mesmos.

Sabemos que estamos na Terra para progredirmos, burilando e educando o nosso Espírito, cumprindo provas necessárias escolhidas por nós mesmos, porém, sustentados pela infinita bondade de Deus, que não desampara a ninguém.

Acreditamos na Lei Universal de Causa e Efeito: colhemos hoje o que semeamos ontem.

Por que nascem criaturas deformadas ou anormais? Por que uns têm de tudo, enquanto outros mendigam um pedaço de pão?

Deus, que não castiga a ninguém, em Sua infinita bondade, não permitiria esse sofrimento se nós mesmos, em outras vidas passadas, não fôssemos devedores, ou cúmplices, de algo muito grave.

Ao voltarmos à Terra para o nosso burilamento, escolhendo uma dessas condições dolorosas, estaremos resgatando aquilo que tenhamos feito, procurando nossa recuperação e progresso.

E voltaremos quantas vezes forem necessárias, até atingirmos um determinado grau de perfeição, ganhando sempre alguns pontinhos para a próxima viagem.

Aceitando as provas com coragem, substituindo a nossa dor por favores materiais e, principalmente, morais e espirituais, em benefício do nosso próximo, ficaremos mais aliviados, mais confiantes, recebendo mais amor e bênçãos do Plano Superior.

Mães queridas! irmãs na dor, aqui estou para ajudá-las a empunhar a bandeira da coragem e da fé.

Não sou nenhuma fortaleza, mas, graças a Deus e a tudo o que consegui assimilar dos maravilhosos ensinamentos da Doutrina Espírita, venci a dor, venci a barreira da morte, a qual, tenho absoluta certeza, não existe. Ela é apenas uma mudança de estado de vida, uma troca de lugares, uma viagem longa mas bem mais maravilhosa do que todas as que já tenhamos feito.

O que nos falta é a compreensão e a fé em Deus, para aceitarmos que, realmente, a morte não existe. Ficaríamos, porventura, algumas dezenas de anos aqui na Terra e, depois, tudo se acabaria?

Não, essa explicação não é lógica nem aceitável. Temos provas e mais provas de que a vida continua, de que a Verdadeira Vida é aquela que começa exatamente quando esta se extingue e o corpo físico baixa à terra.

É claro, todos temos direito à imaginação, ao raciocínio e, principalmente, à saudade, mas precisamos ter absoluta Fé em Deus que, sendo infinitamente bom, nunca irá nos desamparar.


Priscilla Pereira da Silva Basile


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