“Como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 14.7)
1 Cada companheiro de serviço cristão deveria considerar-se instrumento nas mãos do Divino Mestre, a fim de que a sublime harmonia do Evangelho se faça irrepreensível para a vitória completa do bem.
2 Todavia, se a ilimitada sabedoria do Celeste Emissor se mantém soberana e perfeita, os receptores terrenos pecam por deficiências lamentáveis.
3 Esse tem fé, mas não sabe tolerar as lacunas do próximo.
4 Aquele suporta cristãmente as fraquezas do vizinho, contudo, não possui energia nem mesmo para governar os próprios impulsos.
5 Aquele outro é bondoso e confiante, mas foge ao estudo e à meditação, favorecendo a ignorância.
6 Outro, ainda, é imaginoso e entusiasta, entretanto, escapa sutilmente ao esforço dos braços.
7 Um é conselheiro excelente, no entanto, não santifica os próprios atos.
8 Outro retém brilhante verbo na pregação doutrinária, todavia, é apaixonado cultor de anedotas menos dignas com que desfigura o respeito à revelação de que é portador.
9 Esse estima a castidade do corpo, mas desvaira-se pela aquisição de dinheiro fácil.
10 Outro, mais além, conseguiu desprender-se das posses de ouro e terra, casa e moinho, mas cultiva verdadeiro incêndio na carne.
11 É indiscutível a nossa imperfeição de seguidores da Boa Nova.
Por isso mesmo, guardamos o título de aprendizes.
12 O Planeta não é o paraíso terminado e achamo-nos, por nossa vez, muito distantes da angelitude.
13 Todavia, obedecendo ou administrando, ensinando ou combatendo, é indispensável afinar o nosso instrumento de serviço pelo diapasão do Mestre, se não desejamos prejudicar-lhe as obras.
14 Evitemos a execução insegura, indistinta ou perturbadora, oferecendo-lhe plena boa vontade na tarefa que nos cabe, e o Reino Divino se manifestará mais rapidamente onde estivermos.
Emmanuel