“Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” — Paulo. (TITO, 2.8)
1 Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se desajuda.
2 Ainda mesmo que o nosso íntimo permaneça nevoado de problemas, não é aconselhável que a nossa palavra se faça turva ou desequilibrada para os outros.
3 Cada qual tem o seu enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é justo aumentar as aflições do vizinho com a carga de nossas inquietações.
4 A exteriorização da queixa desencoraja, o verbo da aspereza vergasta, a observação do maldizente confunde…
5 Pela nossa manifestação mal conduzida para com os erros dos outros, afastamos a verdade de nós.
6 Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repelimos a bênção do amor que nos encheria do contentamento de viver.
7 Tenhamos a precisa coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios de nossos sentimentos e desejos descontrolados.
8 A palavra é canal do “eu”.
Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem.
9 Cada vez que arrojamos para fora de nós o vocabulário que nos é próprio, emitimos forças que destroem ou edificam, que solapam ou restauram, que ferem ou balsamizam.
10 Linguagem, a nosso entender, se constitui de três elementos essenciais, — expressão, maneira e voz.
11 Se não aclaramos a frase, se não apuramos o modo e se não educamos a voz, de acordo com as situações, somos suscetíveis de perder as nossas melhores oportunidades de melhoria, entendimento e elevação.
12 Paulo de Tarso fornece a receita adequada aos aprendizes do Evangelho.
13 Nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia, afugentando a confiança, nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas sim “linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”.
Emmanuel