“E, tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos e todos ficaram cheios do Espírito Santo.” — (ATOS, 4.31)
1 Todos lançamos, em torno de nós, forças criativas ou destrutivas, agradáveis ou desagradáveis ao círculo pessoal em que nos movimentamos.
2 A árvore alcança-nos com a matéria sutil das próprias emanações.
3 A aranha respira no centro das próprias teias.
4 A abelha pode viajar intensivamente, mas não descansa a não ser nos compartimentos da própria colmeia.
5 Assim também o homem vive no seio das criações mentais a que dá origem.
6 Nossos pensamentos são paredes em que nos enclausuramos ou asas com que progredimos na ascese.
7 Como pensas, viverás.
Nossa vida íntima — nosso lugar.
8 A fim de que não perturbemos as leis do Universo, a Natureza somente nos concede as bênçãos da vida, de conformidade com as nossas concepções.
9 Recolhe-te e enxergarás o limite de tudo o que te cerca.
Expande-te e encontrarás o infinito de tudo o que existe.
10 Para que nos elevemos, com todos os elementos de nossa órbita, não conhecemos outro recurso além da oração, que pede luz, amor e verdade.
11 A prece, traduzindo aspiração ardente de subida espiritual, através do conhecimento e da virtude, é a força que ilumina o ideal e santifica o trabalho.
12 Narram os Atos que, havendo os apóstolos orado, tremeu o lugar em que se encontravam e ficaram cheios do Espírito Santo: Iluminou-se-lhes o anseio de fraternidade, engrandeceram-se-lhes as mentes congregadas em propósitos superiores e a energia santificadora felicitou-lhes o Espírito.
13 Não olvides, pois, que o culto à prece é marcha decisiva. A oração renovar-te-á para a obra do Senhor, dia a dia, sem que tu mesmo possas perceber.
Emmanuel