“Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará.” — Jesus. (MATEUS, 6.14)
1 Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te detenhas na reprovação.
Condenar é cristalizar as trevas, opondo barreiras ao serviço da luz.
2 Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas soerguê-las, assim como a vida opera o milagre do reverdecimento nas árvores aparentemente mortas.
3 Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões de criaturas em experiências que divergem da nossa!
4 Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e como sentir a realidade, usando um coração que não nos pertence?
5 Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus passos, faze silêncio e espera…
6 A observação justa é impraticável quando a neblina nos cerca.
Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado, conseguirás suficiente clareza para que a sombra te não altere o entendimento.
7 Além disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento dela.
8 Através da nociva complacência para contigo mesmo, não percebes quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes?
9 Se há quem nos ame as qualidades louváveis, há quem nos destaque as cicatrizes e os defeitos.
10 Se há quem ajude, exaltando-nos o porvir luminoso, há quem nos perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.
11 Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente.
Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos pecados. ( † )
12 Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando o bem, recebe do Pai Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará da libertação de si mesmo, habilitando-se a sublimes renovações.
Emmanuel