“Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” — Jesus. (LUCAS, 12.21)
1 Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as utilidades terrestres, mas se não és senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio não passará de simples introdução à loucura.
2 Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos jardins da alegria juvenil, entretanto, se não adquires o conhecimento superior para o roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira velhice.
3 Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito, aumentando a série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta consciência não te banha o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas, enfeitado por fora e vazio por dentro.
4 Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a tua casa terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores artísticos, contudo, se não possuis na intimidade do lar a harmonia que sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão somente um mausoléu adornado.
5 Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais falarás com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus haveres não se dilatam, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em favor dos semelhantes, és apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas desilusões.
6 Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a fama, reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trazes contigo os valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as ruínas do desencanto.
7 Assim será “todo aquele que ajunta tesouros para si, sem ser rico para com Deus”.
Emmanuel