O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Fé, paz e amor — Emmanuel


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Entre chamados e escolhidos

1 Apreciando aquele ensinamento dos “chamados e escolhidos”, ( † ) a destacar-se da palavra do Senhor, nas lições do Evangelho, mentalizemos o assunto, transferindo-o a uma oficina terrestre.

2 Em favor da produção de serviço, são aí admitidos colaboradores de variada procedência, escalonados em classes diversas.


3 Todos são chamados pela obra a fazer, a fim de conjugarem esforços dentro das finalidades da instituição a que se ajustam.

4 Entretanto, raros se portam à altura dos compromissos que assumem.


5 Muitos deles devoram o tempo, renovando indagações incessantes acerca dos problemas comezinhos da casa, a pretexto de recolherem esclarecimentos e diretrizes.
São os servos ociosos.


6 Outros muitos confiam-se à irascibilidade e à cólera, arrojando de si os fluidos empestados da indisciplina com que espalham o fogo da rebelião e o gelo do desânimo, anulando máquinas e desencorajando os companheiros.
São os servos revoltados.


7 Muitos ainda entregam-se ao culto da lisonja, abandonando as obrigações que lhes cabem, para tecerem elogios venenosos à pessoa dos dirigentes, com o fim de lhes subornarem a consciência, à cata de vantagens materiais.
São os servos bajuladores.


8 Muitos se refugiam nos programas extensos, salientando o futuro com discursos brilhantes, nos quais se reportam a imaginárias realizações, abominando os deveres humildes que consideram indignos da inteligência que lhes é própria.
São os servos inoperantes.


9 Mas há um tipo de cooperador que indaga pouco e age muito, que cultua a dignidade pessoal sem descer aos desvarios do orgulho, que sustenta o respeito devido à ordem sem se render à adulação e que traça diretivas de trabalho para cumpri-las, cada dia, ao preço do próprio amor e da própria renúncia.
Servos desses são aqueles que o serviço elege por seus diretores, sem qualquer recurso a caprichos particulares.


10 Assim, para que te faças escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de substância e sentido.


11 Antes de tudo, é imprescindível saibamos escolher a própria luz e o próprio amor como normas de nossa vida, porque assim, através do constante serviço aos outros, edificaremos o verdadeiro serviço a nós mesmos em abençoada e permanente ascensão.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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