1 Sem fé, a caridade muita vez se transforma em virtude fragmentária nos caminhos do tempo.
Ora luz, ora sombra, hoje auxílio, amanhã reprimenda.
2 Sem a base da confiança, assemelha-se, quase sempre, à planta de raiz frágil que o furacão arrebata ao solo, convertendo-se em deserto.
3 A bondade, porém, que se mune da fé viva sabe agir em termos de Vida Eterna.
4 Reconhece a maldade por estado de ignorância e dispõe-se a ensinar, sem cansaço e sem queixa.
5 Observa o transviado por doente infeliz e oferece-lhe ao passo o remédio preciso.
6 Sabe, assim, que os irmãos infiéis a si mesmos exigem tolerância e vê que todo mal espera por silêncio para regenerar-se, ante o brilho da Lei.
7 Saibamos, desse modo, erguer ao bem constante nosso culto diário, convictos de que a morte é outra face da existência em si mesma.
8 Não vale confiar, desconfiando sempre.
9 Lembremo-nos, assim, de que o Cristo de Deus, em sua fé nos homens, renova a cada dia o nosso vivo ensejo de aprender e servir, e apliquemos em nós esse mesmo padrão de socorro incessante, perdoando e auxiliando, sem qualquer restrição, porque somente assim, na base da fé pura, que jamais desfalece, a nossa caridade encontrará na vida o alicerce do amor para a bênção da luz.
Emmanuel