1 NÃO contente em aplainar as dificuldades do início, tornando os príncipes e as princesinhas tão ricos de dádivas, o Grande Senhor fez mais.
2 Sabendo que os filhos se caracterizavam por gostos diferentes, o Amoroso Pai concedeu-lhes a bênção do lar, facilitando-lhes os trabalhos e realizações.
3 Certas meninas apreciavam as flores, acima de tudo; outras encontravam nos livros a maior alegria, outras ainda se sentiam mais felizes no serviço manual. Acontecia o mesmo com os rapazinhos. Alguns davam tudo para que os deixassem nos trabalhos de agricultura, outros preferiam a arte ou a ciência. Observando nessa diversidade um estímulo vigoroso ao progresso geral, o Rei Poderoso e Bom determinou aos colaboradores a edificação do santuário doméstico, de modo que os filhinhos se reunissem, segundo as afinidades pessoais.
4 Foi então organizado o lar nos imensos territórios da grande escola, como verdadeiro ninho de vida e amor. Esse ninho possuía lugares apropriados para as refeições e palestras, para o trabalho e descanso. Findas as ocupações e estudos do dia, os jovens poderiam reunir-se aí, à noite, como num templo de carinho e compreensão fraternal, de acordo com as preferências sentimentais de cada grupo, trocando ideias e experiências úteis e cultivando a paz e a oração, a caminho da maioridade.
5 Desde essa ordem paterna, foi construído o lar, na abençoada escola, destinada ao entendimento e aos júbilos da família.
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Veneranda