1 Terminamos a aula-encontro, de que participaram numerosos companheiros, quando solicitamos a atenção de Augusto.
— Muito bem! — dissemos felizes — lemos as suas produções que serão lançadas brevemente na Terra e nos regozijamos com a forma digna, através da qual você expressou as suas impressões e pensamentos.
2 Augusto Cezar, desapontado, fez um sorriso de agradecimento, entretanto, para não encerrar o diálogo, tornamos a palavra, perguntando:
— Que título dará você ao seu novo trabalho?
3 Interpelado, assim diretamente, o companheiro respondeu:
— Estimaria que o senhor nos nomeasse as páginas modestas.
4 E a nossa permuta de ideias continuou:
— Não devo esquecer a sua capacidade de escolha e de iniciativa. As suas observações nos oferecem fatos reais da vida. Você alinhou assuntos da maior atualidade e, em seus escritos, os corações se movimentam, qual se estivessem sob os nossos olhos. 5 Para você grafar o seu livro, terá penetrado tão fortemente nos quadros do cotidiano terrestre, que isso confere ao seu trabalho o mérito de alguém que aprendeu a ser simples, a fim de alcançar a simplicidade com que age a maioria dos nossos irmãos domiciliados no Plano Físico. Felicito a você, desejando-lhe muita alegria e muito trabalho.
6 Em seguida, Augusto retirou-se, sobraçando o volume que nos deixara em mãos, por alguns dias e notamos surpreendidos que o amigo nos fixara a observação, quando nos voltou à presença, trazendo-nos o livro pronto com a legenda:
— Fotos da Vida.
7 Trocamos um olhar de alegria e reconhecimento e aqui apresentamos ao leitor amigo o volume despretensioso com que o nosso companheiro se faz credor de nossa confiança e admiração.
Emmanuel
Uberaba, 20 de maio de 1988.