1 Prezado leitor,
Ao entregar-te este livro, compete-nos a obrigação de informar-te que ele está constituído de lembretes, conclusões, estudos, ideias e notícias, com chistes construtivos de permeio, por diversos trovadores que se dispuseram a oferecer-te os frutos das suas próprias elucubrações, por avisos e apreciações, destinados ao teu entretenimento e meditação.
2 Compulsamos as páginas do presente volume, admirando-lhes a capacidade de síntese, ao enfeixarem os mais profundos pensamentos.
3 Terminada a tarefa a que nos impusemos, era imperioso voltar ao nosso recanto na Espiritualidade.
4 Amanhecia…
Nuvens douradas pelo sol, que retornava ao hemisfério, pareciam apressar a chegada do dia novo. E parei num bosque de meu roteiro, atraído por enorme grupo de pássaros que uniam as vozes num coral de intraduzível beleza. Cada facção emitia sonoridades características.
5 Tive a impressão de que as aves celebravam ali uma festa em louvor do Pai Supremo e de agradecimento à Natureza.
6 Ouvindo-lhes os cânticos diferentes entre si, ao mesmo tempo em que formavam um conjunto orquestral de imenso encanto, refleti de mim para comigo:
— Não serão os trovadores, nossos irmãos, de algum modo, comparáveis a pássaros humanos e não será o livro deles para os companheiros da Terra uma festa espiritual?
7 Destas reflexões nasceu o título deste livro que te entregamos, comovidamente.
8 Que possamos, todos nós, assimilar a experiência e o ensinamento dos poetas que o escreveram, rogando a Jesus, o nosso Divino Mestre, os abençoe e recompense com os tesouros da Paz e da Sabedoria, são os nossos votos.
Emmanuel
Uberaba, 18 de junho de 1985.