1 Cultivarás a semente nobre que te supre o pão.
Protegerás a árvore respeitável que te assegura a bênção do reconforto.
E plantarás na infância o porvir que te espera.
2 Recolhe, sim, a criança que chora a ausência do braço paterno ou que se lastima ante a falta do regaço materno que a morte suprimiu.
3 A dor dos que vagueiam sem rumo é grito de aflição que clama no seio augusto da Eterna Bondade.
4 Não abandones à orfandade moral os corações pequeninos que o Céu te confia ao apoio e à vizinhança.
5 Não te julgues exonerado do dever de assistir a todos aqueles que, em plena aurora da vida humana, te defrontam a marcha.
6 Todos eles aguardam-te a palavra de instrução e carinho e a tua demonstração de solidariedade e de amor.
7 Orientam-se por teus passos, guiam-se por teu verbo e atendem por teu chamado.
8 Agora assimilam-te os gestos e ouvem-te as assertivas e, mais tarde, reconduzir-te-ão a mensagem do exemplo às existências de que se rodeiam.
9 O mundo de hoje é o retrato fiel dos homens de ontem que no-lo transmitiram com as qualidades e os defeitos de que se nutriam no campo das próprias almas.
10 A Terra de amanhã será, inelutavelmente, o reflexo de nós mesmos.
11 Não te comovas tão somente perante o sofrimento que sufoca milhares de pequeninos.
Faze algo.
12 Começa diante daqueles que o Senhor te localiza junto aos próprios sonhos, no instituto doméstico, para que as tuas esperanças no bem não se resumam à fantasia.
13 Recorda que os meninos da atualidade estão endereçados à posição de senhores do lar que te acolherá no grande futuro e neles encontrarás a colheita do que houveres semeado, de vez que a lei é sempre a lei multiplicando os bens e os males da vida, conforme a plantação que fizermos, no descaso ou na vigilância, no trabalho ou na preguiça, nos precipícios da sombra ou nas eminências da luz.
Emmanuel