1 Não olvides que permanecem hoje contigo as sombras que trazes de ontem para a regeneração do próprio destino.
2 Evidenciam-se, a cada passo, impondo-te os problemas que te assaltam a marcha, propondo-te aprimoramento e progresso, trabalho e melhoria.
3 São elas, quase sempre: o berço menos feliz em que renasceste;
4 o corpo enfermiço que te serve de residência;
5 o campo atormentado da consanguinidade incompreensiva em que experimentas angústia e solidão;
6 o posto social apagado e triste, recomendando-te humildade;
7a esperança frustada em que recebes o desafio do recomeço;
8 o carinho recusado e envilecido pela deserção de quantos te mereceriam afetividade e confiança;
9 o esposo difícil;
10 a companheira complicada;
11 os filhos que se desvairam nos labirintos da ingratidão;
12 os amigos que fogem;
13 o trabalho de sacrifício em desacordo com as próprias aspirações;
14 e, sobretudo, a insatisfação na própria alma, denunciando-te os desajustes da consciência.
15 À frente de semelhantes sinais, unge-te de coragem e escuda-te na paciência incansável, oferecendo o bem pelo mal para que a luz vença a treva em teu caminho, porque se a evolução pede esforço, a redenção exige renúncia se quisermos fitar novamente o sol de pensamento tranquilo.
16 Lembra-te de que a dificuldade de agora é a enquistação dos nossos erros no antes, rogando entendimento e bondade para que a alegria e a vitória venham felicitar-nos depois.
Emmanuel