“Disseram-lhe, pois: Que sinal fazes tu para que o vejamos, e creiamos em ti?” — (JOÃO, 6.30)
1 Em todos os tempos, quando alguém na Terra se refere às coisas do Céu, verdadeira multidão de indagadores se adianta pedindo demonstrações objetivas das verdades anunciadas.
2 Assim é que os médiuns modernos são constantemente assediados pelas exigências de quantos se colocam à procura da vida espiritual.
3 Esse é vidente e deve dar provas daquilo que identifica.
4 Aquele escreve em condições supranormais e é constrangido a fornecer testemunho das fontes de sua inspiração.
5 Aquele outro materializa os desencarnados e, por isso, é convocado ao teste público.
6 Todavia, muita gente se esquece de que todas as criaturas do Senhor exteriorizam os sinais que lhes dizem respeito.
7 O mineral é reconhecido pela utilidade.
8 A árvore é selecionada pelos frutos.
9 O firmamento espalha mensagens de luz.
10 A água dá notícias do seu trabalho incessante.
11 O ar esparge informações, sem palavras, do seu poder na manutenção da vida.
12 E entre os homens prevalecem os mesmos imperativos. Cada irmão de luta é examinado pelas suas características.
13 O tolo dá-se a conhecer pelas puerilidades.
14 O entendido revela mostras de prudência.
15 O melhor demonstra as virtudes que lhe são peculiares.
16 Desse modo, o aprendiz do Evangelho, ao solicitar revelações do Céu para a jornada da Terra, não deve olvidar as necessidades de revelar-se firmemente disposto a caminhar para o Céu.
17 Houve dia em que a turba vulgar dirigiu-se ao próprio Salvador que a beneficiava, perguntando: — “Que sinal fazes tu para que o vejamos, e creiamos em ti?” ( † )
18 Imagina, pois, que se ao Senhor da Vida foi dirigida semelhante interrogativa, que indagação não se fará do Alto a nós outros, toda vez que rogarmos sinais do Céu, a fim de atendermos ao nosso simples dever?
Emmanuel