“Perguntou-lhe Jesus: — “Que queres que eu faça?” — (MARCOS, 10.51)
1 Cada aprendiz em sua lição.
2 Cada trabalhador na tarefa que lhe foi cometida.
3 Cada vaso em sua utilidade.
4 Cada lutador com a prova necessária.
5 Assim, cada um de nós tem o testemunho individual no caminho da vida.
6 Por vezes, falhamos aos compromissos assumidos e nos endividamos infinitamente. 7 No serviço reparador, todavia, clamamos pela misericórdia do Senhor, rogando-lhe compaixão e socorro.
8 A pergunta endereçada pelo Mestre ao cego de Jericó é, porém, bastante expressiva.
“Que queres que eu faça?”
9 A indagação deixa perceber que a posição melindrosa do interessado se ajustava aos imperativos da Lei.
10 Nada ocorre à revelia dos Divinos Desígnios.
11 Bartimeu, o cego, soube responder, solicitando visão. Entretanto, quanta gente roga acesso à presença do Salvador e, quando por ele interpelada, responde em prejuízo próprio?
12 Lembremo-nos de que, por vezes, perdemos a casa terrestre a fim de aprendermos o caminho da casa celeste; em muitas ocasiões, somos abandonados pelos mais agradáveis laços humanos, de maneira a retornarmos aos vínculos divinos; há épocas em que as feridas do corpo são chamadas a curar as chagas da alma, e situações em que a paralisia ensina a preciosidade do movimento.
13 É natural peçamos o auxílio do Mestre em nossas dificuldades e dissabores; entrementes, não nos esqueçamos de trabalhar pelo bem, nas mais aflitivas passagens da retificação e da ascensão, convictos de que nos encontramos invariavelmente na mais justa e proveitosa oportunidade de trabalho que merecemos, e que talvez não saibamos, de pronto, escolher outra melhor.
Emmanuel