“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados.” — Paulo. (HEBREUS, 12.12)
1 Se é difícil a produção de fruto sadio na lavoura comum, para que não falte o pão do corpo aos celeiros do mundo, é quase sacrificial o serviço de aquisição dos valores espirituais que significam o alimento vivo e imperecível da alma.
2 Planta-se a semente da boa vontade, mas obstáculos mil lhe prejudicam a germinação e o crescimento.
3 É a aluvião de futilidades da vida inferior.
4 A invasão de vermes simbolizados nos aborrecimentos de toda sorte.
5 A lama da inveja e do despeito.
6 As trovoadas da incompreensão.
7 Os granizos da maldade.
8 Os detritos da calúnia.
9 A canícula da responsabilidade.
10 O frio da indiferença.
11 A secura do desentendimento.
12 O escalracho da ignorância.
13 As nuvens de preocupações.
14 A poeira do desencanto.
15 Todas as forças imponderáveis da experiência humana como que se conjugam contra aquele que deseja avançar no roteiro do bem.
16 Enquanto não alcançarmos a herança divina a que somos destinados, qualquer descida é sempre fácil…
17 A elevação, porém, é obra de suor, persistência e sacrifício.
18 Não recues diante da luta, se realmente já podes interessar o coração nos climas superiores da vida.
19 Não obstante defrontado por toda a espécie de dificuldades, segue para a frente, oferecendo ao serviço da perfeição quanto possuas de nobre, belo e útil.
20 Recorda o conselho de Paulo e não te imobilizes.
Movimenta as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos desconjuntados, na certeza de que para a obtenção da melhor parte da vida é preciso servir e marchar, incessantemente.
Emmanuel