“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” — Jesus. (JOÃO, 15.8)
1 Em nossas aflições, o Pai é invocado.
2 Nas alegrias, é adorado.
3 Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia.
4 No dia festivo, é reverenciado solenemente.
5 Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos.
6 Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
7 Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-lo.
8 Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
9 Nossos ideais superiores são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. 10 Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. 11 Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
12 Todos esses requisitos são imperativos da colheita.
Assim também ocorre nos domínios da alma.
13 Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
14 Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.
Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.
Emmanuel