“Nunca te deixarei, nem te desampararei.” — Paulo. (HEBREUS, 13.5)
1 A palavra do Senhor não se reporta somente à sustentação da vida física, na subida pedregosa da ascensão. Muito mais que de pão do corpo, necessitamos de pão do Espírito.
2 Se as células do campo fisiológico sofrem fome e reclamam a sopa comum, as necessidades e desejos, impulsos e emoções da alma provocam, por vezes, aflições desmedidas, exigindo mais ampla alimentação espiritual.
3 Há momentos de profunda exaustão, em nossas reservas mais íntimas.
As energias parecem esgotadas e as esperanças se retraem apáticas. Instala-se a sombra, dentro de nós, como se espessa noite nos envolvesse.
4 E qual acontece à Natureza, sob o manto noturno, embora guardemos fontes de entendimento e flores de boa vontade, na vasta extensão do nosso país interior, tudo permanece velado pelo nevoeiro de nossas inquietações.
5 O Todo-Misericordioso, contudo, ainda aí, não nos deixa completamente relegados à treva de nossas indecisões e desapontamentos. Assim como faz brilhar as estrelas fulgurantes no alto, desvelando os caminhos constelados do firmamento ao viajor perdido no mundo, acende, no céu de nossos ideais, convicções novas e aspirações mais elevadas, a fim de que nosso Espírito não se perca na viagem para a vida superior.
6 “Nunca te deixarei, nem te desampararei.” — Promete a Divina Bondade.
7 Nem solidão, nem abandono.
A Providência Celestial prossegue velando…
8 Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranquila e de que não existe noite sem alvorecer.
Emmanuel