“… E eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” — (TIAGO, 2.18)
1 Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando inquietação e desânimo.
2 Devota-se a determinado empreendimento de caridade e abandona-o, de início, murmurando: — “Para quê? O mundo não presta.”
3 Compromete-se em deveres comuns e, sem qualquer mostra de persistência, se faz demissionário de obrigações edificantes, alegando: — “Não nasci para o servilismo desonroso.”
4 Aproxima-se da fé religiosa, para desfrutar-lhe os benefícios, entretanto, logo após, relega-a ao esquecimento, asseverando: — “Tudo isto é mentira e complicação.”
5 Se convidado a posição de evidência, repete o velho estribilho: — “Não mereço! sou indigno!…”
6 Se trazido a testemunhos de humildade, afirma sob manifesta revolta: — “Quem me ofende assim?”
7 E transita de situação em situação, entre a lamúria e a indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado.
8 Em toda parte, é o trabalhador que não termina o serviço por que se responsabilizou ou o aluno que estuda continuadamente, sem jamais aprender a lição.
9 Não te concentres na fé sem obras, que constituí embriaguez perigosa da alma, todavia, não te consagres à ação, sem fé no Poder Divino e em teu próprio esforço.
10 O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. 11 Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e da ação no bem incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem enamorar-se de si mesmo na vaidade e sem escravizar-se às criações de que terá sido venturoso instrumento.
12 Revelemos a nossa fé, através das nossas obras na felicidade comum e o Senhor conferirá à nossa vida o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, de beleza e poder.
Emmanuel