“… Eis o Homem!” — Pilatos. (JOÃO, 19.5)
1 Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre…
2 Nem banquete, nem púrpura.
3 Nem aplauso, nem flores.
4 Jesus achava-se diante da morte.
5 Terminava uma semana de terríveis flagelações.
6 Traído, não se rebelara.
7 Preso, exercera a paciência.
8 Humilhado, não se entregou a revides.
9 Esquecido, não se confiou à revolta.
10 Escarnecido, desculpara.
11 Açoitado, olvidou a ofensa.
12 Injustiçado, não se defendeu.
13 Sentenciado ao martírio, soube perdoar.
14 Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.
15 Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma: — Eis o condenado, eis a vítima!
16 Diz simplesmente: — “Eis o Homem!”
17 Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.
18 Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.
Emmanuel