“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.” — Jesus. (MATEUS, 26.41)
1 As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
2 Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
3 Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. 4 Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
5 Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. 6 Em contato com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.
7 Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
8 Caminhar do berço ao túmulo, sob as marteladas da tentação, é natural. 9 Afrontar obstáculos, sofrer provações, tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
10 Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.
Emmanuel