“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” — Paulo. (HEBREUS, 12.11)
1 A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempo, de suas leiras retificadas brotam flores e frutos deliciosos.
2 A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.
3 A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.
4 Qual ocorre na esfera simples da Natureza, acontece no reino complexo da alma.
5 A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa; mas, naqueles que lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.
6 A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento, mas o Homem, campeão da inteligência no Planeta, é livre para recebê-la e ambientá-la no próprio coração.
7 O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.
8 Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.
Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na maior parte das vezes, não chega envolvida em arminho, e, quando levada aos lábios, não se assemelha a saboroso confeito. Surge, revestida de acúleos ou misturada de fel, à guisa de remédio curativo e salutar.
9 Não percas, portanto, a tua preciosa oportunidade de aperfeiçoamento.
10 A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos compete aproveitar.
Emmanuel