Cumpridor de seus deveres, estudioso, calmo, Landinho era um bom filho. Amoroso, não dormia sem antes beijar seus pais — Sr. Wilson Santos Duarte e D. Marlene Boleta Duarte, residentes em Poços de Caldas, Minas Gerais —, dizendo-lhes: “Durmam com Deus.”
Ele passou por um teste difícil: ganhou uma moto e não se descontrolou, não fugindo de sua linha de conduta. Provou que era responsável, não criando nenhum problema para a sua família.
Apesar de ser sociável, cultivando muitas amizades com os moços de sua idade, não deixava de participar dos passeios programados pela família. Ainda 15 dias antes de seu falecimento, fizeram um gostoso e alegre piquenique familiar. Mas, para o sábado de 8 de setembro de 1979, combinou pescar numa represa com três colegas: Marco Antônio, Vlademir e Gerson, pela primeira vez sem a sua família. Orlando Sebastião Duarte, chamado Landinho na intimidade, nascido em 20 de março de 1963, estava com 16 anos de idade.
Na manhã de sua saída para o passeio verificaram-se fatos curiosos.
Ao sair, D. Marlene, sua mãe, iniciava as tradicionais e amorosas recomendações, quando foi interrompida de forma inabitual pelo filho, dessa maneira:
— Eu sei, mamãe. É para mim não pisar no barro, não entrar na água, tomar muito cuidado. Mas a senhora pode ficar tranquila; o que eu vou fazer está certo.
Landinho deu a partida, tirou o carro da garagem, e acenou com a mão em despedida.
Porém, surpreendentemente, ele voltou e tornou a sair, várias vezes em meia hora, com explicações não convincentes. Sabe-se que ele ia até à Vila Cruz, bairro onde residem sua avó e as famílias dos garotos, seus companheiros de passeio. Preocupado com essa conduta estranha, seu pai o alertou:
— Meu filho, assim a gasolina vai acabar. Quando voltar da beira do rio você não terá mais gasolina.
Hoje a família acredita que ele deve ter tido algum pressentimento, e prolongou a despedida final de seus entes queridos, porque, ao regressar da represa, já noite, a Variant, com os quatro garotos, ao passar sobre a ponte do Lambari precipitou-se de uma altura de 5 metros, chocando-se com o leito pedregoso do rio. Todos faleceram no local do acidente, deixando seus familiares profundamente desconsolados.
“Papai, mais vale um amor verdadeiro do que uma tonelada de ouro”
Destacando um aspecto da bela personalidade de Landinho — o seu amor filial —, transcreveremos, na íntegra, a comovente página em saudação ao seu progenitor, no Dia dos Pais de 1979, um mês antes de sua desencarnação:
Papai
Papai, Papai, como o senhor é bom para mim, Papai.
Papai, não tenho nem jeito de agradecer, Papai.
Acho que o único jeito, Papai, é ser fiel e sincero para o senhor, Papai.
Papai, Papai, Papai, se eu pudesse o cobriria de ouro, Papai!
Mas acho que isto não adiantaria, Papai, porque mais vale um amor verdadeiro do que uma tonelada de ouro.
Papai, como o senhor é bom para mim, Papai.
Vou me esforçar agora para lhe dar todo o conforto em sua velhice e na velhice da mamãe, assim como o senhor me dá em minha mocidade.
Papai, o senhor é o melhor do mundo, Papai!…
Orlando
Respostas de Paz após 54 dias de sofrimento e de súplicas
A leitura do livro Somos Seis (Espíritos Diversos, Francisco C. Xavier e Caio Ramacciotti, Ed. GEEM), presenteado por uma senhora amiga, foi o primeiro contato sério e profundo dos pais de Landinho com o Espiritismo.
Embora o avô paterno fosse espírita convicto, o Sr. Wilson, pai de Landinho, até então nunca acreditou no Mundo dos Espíritos, dizendo sempre: “morreu, acabou”.
Após a leitura das mensagens de jovens desencarnados no referido livro, o Sr. Wilson e D. Marlene se interessaram em conhecer outras obras semelhantes, lendo a seguir Presença de Laurinho, que apresenta mensagens do jovem Laurinho, psicografadas pelo médium Chico Xavier. Gostaram muito e procuraram a autora do mesmo, D. Priscilla Pereira da Silva Basile, residente em Casa Branca/SP, que lhes orientou como chegar até o médium Xavier.
Já na semana seguinte, na reunião de sexta-feira do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas, os pais de Landinho conseguiram expor o doloroso problema ao médium, quando este lhes transmitiu o seguinte recado do Espírito do Dr. Nelson de Paiva (médico e amigo da família, desencarnado em Poços de Caldas, Minas, em 1969): “Ele, que havia operado com sucesso a mãe de Landinho há 20 anos, na hora do acidente tentou salvar o garoto e seus colegas, mas nada pôde fazer porque era chegada a hora. Que ficassem tranquilos, pois o filho deles estava bem amparado no Mundo Espiritual.”
Com este afetuoso recado do médico inesquecível, o casal retornou ao convívio de seus familiares mais consolado.
Mas, dentro de duas semanas voltaram a Uberaba, quando o Sr. Wilson manteve este interessante diálogo com o médium, na tarde de 2 de novembro de 1979, no decorrer da primeira parte dos trabalhos públicos do Grupo Espírita da Prece:
— Senhor Chico, boa tarde. — Boa tarde.
— Eu estou aqui porque 54 dias atrás perdi um filho num acidente. Meu pai era espírita e faleceu há dois anos. O avô da minha patroa também era espírita e faleceu há mais de 20 anos. Gostaria de saber do senhor se, por intermédio dos dois, poderia receber notícia de meu filho.
Em seguida, cabisbaixo, o médium afirmou [pela psicofonia]:
— Eu sou a Maria Duarte!
— Maria Duarte? — respondeu o Sr. Wilson, não se lembrando, naquele momento, de sua cunhada Maria Aparecida de Oliveira Duarte, desencarnada em 1954.
— Eu sou a Mariinha, uai!
— Nossa Senhora! — exclamou muito surpreso o pai de Landinho, ao identificar, agora, a sua cunhada chamada Mariinha na intimidade. Disse-nos: “Eu quase morri”, quando recebeu tal comunicação mediúnica.
Daí a poucos segundos, Chico estendeu-lhe a mão [em transe mediúnico], dizendo:
— Eu sou Antônio Duarte! Como vai mano, você está bom?
Emocionado, Sr. Wilson nada conseguiu responder. “Quase morri outra vez”, afirmou-nos. Seu irmão, esposo de D. Mariinha, faleceu em 1972.
E a Entidade espiritual continuou:
— Eu estou aqui para falar que podem ficar despreocupados. Ele vai bem, estamos olhando por ele.
Poucos segundos após, o médium voltou a falar [mediunizado]:
— Sou médico da família!
— Sr. Chico, o Sr. vai me desculpar, mas na minha família não tem médico. Tenho dois irmãos advogados, mas médico não tenho.
— Você não entendeu, eu sou médico de confiança da família, eu sou Paiva.
— Dr. Nelson?
— Eu sou Nelson de Paiva. Estamos cuidando de seu filho num Hospital da Eternidade. Não se preocupem, ele está bem melhor.
Após estas três comunicações mediúnicas seguidas, de seres queridos, em prazo curto, o pai de Landinho teve uma crise de choro e não mais pôde manter diálogo. Afirmou-nos: “Eu gelei”. Ele ia falar mais, mas não tive condições de ouvir”.
Na segunda parte daquela mesma reunião de 2 de novembro de 1979, em noite alta, Chico Xavier psicografou uma longa, confortadora e elucidativa carta do jovem Orlando Sebastião Duarte aos seus queridos pais, abordando temas e citando nomes totalmente desconhecidos do médium, provando com clareza — em pleno Dia de Finados — que continuava vivo, muito vivo, e com o mesmo amor no coração.
Era a Resposta de Paz, após 54 dias de grande aflição, às sentidas súplicas endereçadas ao Mais Alto.
1 Querida mãezinha e querido papai, peço para que me abençoem.
2 Ainda estou bastante aturdido pelo que nos sucedeu, mas a vovó Pierina n me diz que será de utilidade lhes escrever, dando notícias e aqui deixo o meu pensamento correr na forma de letras.
3 Ainda não me tomei conta do acontecido. Saímos da represa depois de algumas horas de divertimento em contato com a Natureza, para a volta. O escuro da noite, que se derramara de todo, ao que julgo, não nos permitiu enxergar os detalhes da ponte. Os faróis estavam defeituosos, n mas não havia em nós a disposição de parar, imaginando que seria coisa simples numa estrada que nos era familiar.
4 Conversávamos animadamente e não vimos que íamos cair de parafuso nas pedras que calçam as águas do Lambari. n A queda foi violenta e nenhum de nós dispôs de tempo para pensar. 5 Nem vimos contato com a água e nem sentimos dor alguma. Tudo foi um momento de freio na pedra. 6 O que apareceu depois não foi para vermos. Afirmo o que tenha sido o que experimentei. 7 As únicas palavras que me servem para definição aproximada do que desejo explicar é que tombei num pesadelo do qual me demorei a sair…
8 Tinha ideia de que a nossa Variant teria tomado a forma de um avião despencando ribanceira abaixo, ao encontro daquela muralha deitada no chão, e de que tudo estava escuro em torno de nós. 9 Lutava para acordar, mas sem recursos para isso. Queria tocar os companheiros, cuja respiração pressentia perto de mim, entretanto achava-me num pesadelo e quem se vê numa situação dessas, não pensa em braços sem possuí-los…
10 Nessa condição estive até que um sono me entorpeceu a cabeça… 11 Não mais consegui raciocínio para comandar a mim próprio. Entreguei-me àquela força estranha que me apagava de todo.
12 Depois, foi o acordar… Estávamos os quatro companheiros hospitalizados num instituto para nós desconhecido. n De amigos, não havia sinal. 13 O espanto se fazia meu sócio de todo instante, sem que fosse possível consultar o ânimo dos amigos que enxergava perto… 14 Diálogo a diálogo, reconheci o meu avô Sebastião n e a vovó Pierina, o Dr. Nelson de Paiva com outros médicos e enfermeiros nos tratavam, mas soube de todas essas identificações após algum tempo de surpresa em que não conhecia meios para conhecer ninguém. Agora estou melhor e espero continuar progredindo em domínio próprio.
15 Querida mamãe, o Gerson n ainda luta mais do que nós, porque a mãezinha dele, Dona Vilma, está ligada em seu coração de filho pelos cadeados do sofrimento na inconformação. 16 Sei que não se pode pedir a um coração de mãe para que se modifique, porque Deus criou as mães diferentes no amor, entretanto o Gerson precisa de auxílio para asserenar-se. 17 Os Diandas, n com o apoio que recebem, vão melhorando, principalmente o Marco Antônio, que tem muita fé no coração. E assim vamos seguindo para adiante.
18 Quanto a mim, peço-lhes para viver. O papai está aí precisando de sua assistência constante. A Dulcineia, n o Antônio, n a Maria Aparecida n são complementos de nós mesmos.
19 Mamãe, rogo-lhe paciência e segurança de fé. 20 Agradeço as preces por mim e peço para que continuem, porque as orações em nós, pelo menos para mim funcionam por bálsamos, que nos aliviam os pensamentos, principalmente quando se faz qualquer esforço para lembrar o que deve ser esquecido.
21 Papai Wilson, o vovô Sebastião está comigo e abençoa-o.
22 Vou terminar, porque assim é preciso. Envio lembranças a todos os nossos.
23 Perdoem-nos pelo acontecido. Todos os nossos familiares podem crer que estávamos sóbrios. Nenhum de nós se excedeu em qualquer brincadeira. 24 É natural estejamos preocupados com os julgamentos que se façam a nosso respeito, mas temos conosco a tranquilidade de quem não se complicou em problema algum. 25 Diz meu avô que mais tarde compreenderemos a ligação de tudo o que nos ocorreu com o passado, em outras experiências, o que minha cabeça ainda não tem lugar para entender. n
26 Pais queridos, abençoem-me e me desculpem, um dia retomarei o lugar do filho que lhes deve retribuir o amor que lhes devo. Com o amparo de Jesus, estarei melhorando cada vez mais.
27 Querida mãezinha, um beijo de muito carinho em sua face querida e para o coração de meu pai toda estima respeitosa, com o abraço muito saudoso do seu filho
Orlando
NOTAS E IDENTIFICAÇÕES
1 — Vovó Pierina — Bisavó materna, desencarnada em 1961.
2 — Os faróis estavam defeituosos — Esta afirmativa só foi confirmada um mês depois desta mensagem, isto é, três meses após o acidente, com a liberação da Variant pela Delegacia de Polícia. Ao desmontarem o carro, constataram que houve um curto-circuito, queimando toda a instalação elétrica.
3 — Águas do Lambari — O acidente fatal deu-se no rio Lambari, município de Poços de Caldas, Minas Gerais.
4 — Estávamos os quatro hospitalizados num instituto — Não devemos estranhar tal referência, porque numerosas outras informações espirituais revelam a existência, no Mais Além, de hospitais, residências, escolas, oficinas de trabalho, etc. — construídas isoladamente ou constituindo cidades.
5 — Avô Sebastião — Sebastião Duarte, avô paterno, desencarnado em 1977.
6 — Gerson — Gerson Henrique de Paiva, amigo de Orlando, desencarnado no mesmo acidente.
7 — Os Diandas — Refere-se aos irmãos Marco Antônio e Wlademir Dianda, desencarnados no mesmo acidente.
8 — Dulcineia — Dulcineia Boleta Duarte Vasques, irmã, casada com Antônio Vasques.
9 — Antônio — Antônio Vasques, cunhado.
10 — Maria Aparecida — Maria Aparecida Duarte, irmã mais nova.
11 — Diz meu avô que mais tarde compreenderemos a ligação de tudo o que nos ocorreu com o passado, em outras experiências, que minha cabeça ainda não tem lugar para entender — Como a evolução do Espírito se faz através de aprendizados em reencarnações sucessivas, que; obedecem a Orientações Superiores — baseadas em Justiça e Amor Infalíveis —, colhemos sempre numa existência reflexos de vidas anteriores. Assim, conforme a explicação de Landinho, o retorno precoce dos quatro jovens para o Grande Além estava no programa das Leis Divinas.
Rasgando Nuvens de Tristeza
1 Querida mãezinha Marlene e querido papai Wilson, peço para que me abençoem.
2 Desejo expressar-me com a segurança da alegria do rapaz que se sente agradecido a Deus e à vida pelos pais que tem. 3 Digo assim porque estamos registrando a necessidade de rasgar essas nuvens de tristeza que os nossos entes mais queridos estão formando sobre nós.
4 Acreditem que depois de tanto esforço para endereçar-lhes as nossas notícias, estamos quase que na estaca zero.
5 O papai Wilson vem desanimando, a mãezinha Marlene procura fixar apenas o lado triste que já passou como qualquer tempestade, a Dona Neuza n chora sem consolo e a Dona Wilma n conserva os olhos vermelhos como quem injetou lacre na córnea.
6 E nós prosseguimos lutando. Quando a gente imagina que já saiu das pedras do Lambari, eis-nos de novo, nas telas mentais que se corporificam em nossas ideias obrigando-nos ao trabalho gigantesco de reiniciar o serviço da reforma íntima para a aceitação da vida por verdadeira dádiva de Deus. Afinal de contas, aquele sábado de tantas sombras precisa acabar.
7 Nossas mães e pais queridos com os nossos parentes e amigos nos convidaram para a missa do chamado Sétimo Dia, na Igreja de São Sebastião, e ainda estávamos cambaleando, quando minha avó Pierina e outros parentes dos meus companheiros nos incitaram a acompanhar o ofício religioso em nossa memória e em nosso auxílio.
8 Olhem que eu estava exausto, quase que apagado ainda no choque sofrido, mas me lembro que as conversas todas foram de aceitar a vontade de Deus, de nos entregarmos todos a Deus, de respeitar as leis de Deus e de nos conformarmos com o que Deus nos enviasse, e até hoje nada.
9 Aquelas promissórias assinadas na Igreja, diante dos símbolos veneráveis da religião, estão todas aguardando pagamento. Ninguém se lembrou de resgatar os votos feitos.
10 O choro continuou, dia e noite, e sou eu por enquanto o único a dispor de alguma calma para fazer o riso possível de maneira a zombarmos de nós mesmos. O Gerson, o Marco Antônio e o Wla estão murchos.
11 Será ótimo, mãezinha Marlene, que a sua disposição de servir advogue a nossa causa, suplicando às nossas mães, pois considero Dona Neuza e Dona Wilma por mães também, tanto quanto os meus companheiros a consideram, para que nos entreguem a Deus, como prometeram sob a guarda de São Sebastião.
12 Pensem que os votos e promessas formulados ao Céu são todos válidos e legítimos. Os prejudicados com o atraso somos nós, aqueles mesmos rapazes que foram declarados libertos da vida física.
13 Reconhecemo-nos claramente lesados, mas não proclamo isso à maneira de cobrador dessa piedade. Quem pede compaixão somos nós para que possamos deslanchar para outros ainda este ano, antes que o nove de setembro próximo apareça no calendário.
14 Quem tiver alguma queixa contra nós que nos perdoe. Não fomos imprudentes, porque temos consciência de que estávamos sóbrios na ideia de pescaria na represa, que não passou de um passeio inocente, e por isso nada temos com a morte que nos surpreendeu. 15 E se estivéssemos em erro, o que não sucedeu, já teríamos pago com essa mesma morte a falta cometida. 16 Aí não ficou nenhum de nós quatro para contar o caso, por isso o assunto é quadripartido. Somos quatro irmãos pedindo aos nossos para ficarmos todos em dia com as orações, porque do jeito em que vamos as preces da família estão num lado muito diferente onde acreditamos que a fé em Deus deva morar.
17 Espero fazer algum sorriso em meu pai Wilson e em meus irmãos. Que a Dulcineia, o Antoninho e a Aparecida me auxiliem, porque o negócio é viver, tanto aí quanto aqui, com a certeza de que o infinito amor dos Céus nos acompanhe e garanta.
18 Não me interpretem mal nos conceitos que emito. Não estou desprezando a dor das nossas queridas famílias e sim buscando acordar as pessoas que amamos para que nós todos possamos largas o brejo e caminhar para a frente.
19 O vovô Sebastião e a vovó Pierina nos trouxeram o apoio de muitos benfeitores, dentre os quais saliento não só o nosso médico Dr. Paiva, n mas igualmente o Padre Francisco de Paula Victor, de Três Pontas, n e a Irmã Esther, de Barretos. n Mas enquanto os pais queridos não nos soltarem da corda de lágrimas e ressentimento, estaremos na mesma.
20 Auxiliem-nos e perdoem-nos. Aqui traço o ponto final. Com todos os nossos no pensamento, deixo à querida mãezinha Marlene e ao querido papai Wilson todo o coração do filho sempre grato
Orlando Sebastião Duarte
NOTAS E IDENTIFICAÇÕES
12 — Carta psicografada pelo médium Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, Uberaba, MG, em 25/7/1980.
13 — Dona Neuza — Mãe de Wladimir e Marco Antônio Dianda.
14 — Dona Wilma — Mãe de Gerson Henrique de Paiva.
15 — O nosso médico Dr. Paiva — Dr. Nelson de Paiva, de Poços de Caldas, médico e amigo da família, desencarnado em 1969.
16 — Padre Francisco de Paula Victor, de Três Pontas — Também citado na primeira carta de Nestorzinho, será identificado no Capítulo 8, Nota 14.
17 — Irmã Esther, de Barretos — Desconhecida da família de Orlando, foi identificada pelo Sr. Aníbal Rodrigues, de Barretos, SP, em atenciosa carta, datada de 11/11/1980, aqui transcrita em seus tópicos principais: “Em atenção à sua carta que me pede informações sobre a Irmã Esther, informo-lhe que não tive nenhuma dificuldade em consegui-las, eis que a referida senhora outra não é que avó de minha nora Maria Cristina. Posso-lhe assegurar que se trata de uma pessoa boníssima, cuja vida na Terra foi inteiramente dedicada ao bem comum, tendo como objetivo primordial a caridade. Foi uma das fundadoras do Centro Espírita Amor, Fé e Caridade, desta cidade, onde militou cerca de 35 anos com dedicação, responsabilidade e muito amor. Dirigiu o Lar das Crianças de Barretos, que abriga cem menores carentes, do sexo feminino, durante 20 anos, com carinho e abnegação. Esther de Araújo Reis, mais conhecida por Irmã Esther, nasceu em Pinhal, SP, a 9/7/1896 e faleceu em Barretos, SP, a 29/11/1975.”
18 — Agradecemos ao confrade e amigo Milton Muniz, de Poços de Caldas, a gentileza de entrevistar os pais de Orlando, com vistas ao presente trabalho.
Hércio Arantes