O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Entes queridos — Familiares diversos


1

Aldan Bernardo de Araújo

Rio de Janeiro (RJ) - 05 de dezembro de 1965.

Rio de Janeiro (RJ) - 16 de novembro de 1978.

Aldan partiu para o Mais Além, prestes a completar 13 anos, vítima de grave enfermidade crônica.

Filho de Áldano de Araújo Filho e de Irene Bernardo de Araújo, deixou um único irmão, Alan Bernardo de Araújo.

A carta que enviou aos pais, através de Chico Xavier, foi recebida dois anos após a desencarnação.


PALAVRAS DA MÃEZINHA DO COMUNICANTE


“Meu Deus, não existem palavras que possam descrever a emoção e alegria que senti. Tanto eu, como meu filho Alan, que estava comigo naquele dia, ficamos muito emocionados e choramos muito de felicidade.

“Disse coisas lindas e consoladoras que me fizeram enorme bem e me deram forças para continuar cumprindo minha missão aqui na Terra, até a hora de nosso reencontro que, se Deus quiser, acontecerá um dia.

“Continuo, sempre que tenho oportunidade, indo a Uberaba e peço sempre a Deus pelo querido Chico Xavier, para que continue por muito tempo a sua missão de amor e bondade, cá na Terra, ajudando a tantas pessoas que, qual eu, recorrem a ele numa hora de dor e desespero.”


Irene Bernardo de Araújo


MENSAGEM


1 Querida mamãe Irene, receba o meu pedido de bênção e o meu abraço, juntamente de nosso querido Alan e com o papai Áldano.

2 Mãe, os dias correm e os nossos pensamentos se fixam cada vez mais na lembrança um do outro. O seu coração querendo me ouvir e eu ansiando por falar…

3 Admito, no entanto, que é bastante esse estado mútuo de insegurança e de inquietação para que nos entendamos. Na Terra, trocávamos ideias pelos velhos processos verbais e agora que a vida de seu filho mudou tanto, conversamos pela vibração.

4 Querida mãezinha, você e o papai Áldano não pensem que eu tenha vindo fora do tempo. Sei que os meus quase treze anos na vida física representavam um alicerce firme para que eu aí me demorasse, tanto quanto desejávamos, mas Deus enviou a morte não para separar-nos, e sim para fazermos um caminho do mundo para o Alto…
Penso que é assim porque a saudade nos arremessa as ideias para as estrelas.

5 Mãezinha, compreendi tudo naqueles dias e noites longas. Meu tempo seria curto e, por isso, não tive dúvidas quando aquele sono pesado me punha peso nas pálpebras.
Agora que consegui falar alguma coisa, peço para que estejamos resignados e fortes.

6 Mãe querida, não se deixe levar por ideias de sofrimento, quando Deus nos concedeu tantas felicidades. Seu filho renasceu para construir um jardim de amor espiritual, tão belo e tão grande que a descrença não pode estender qualquer nuvem sobre ele.

7 Tudo passou… As noites de doença nas quais você com meu pai e com a vó Almerinda n sofreram tanto por minha causa.
Sou agradecido por tudo. Deus os recompensará pelo carinho com que me cercaram de segurança e de afeto.

8 Peço-lhe, queira viver. É preciso. O nosso Alan não poderia ficar aí sem o seu auxílio e o papai igualmente não consegue dispensar-lhe a orientação.

9 Estou tranquilo e estaria plenamente feliz não fossem as saudades que me sufocam ainda, mas espero que o seu amor me auxilie a permanecer com serenidade e fé.
Graças a Deus, essas bênçãos não me faltaram, mas se a dúvida consegue ensombrar o seu coração querido, obrigando-a a chamar-me em pensamento, qual se estivesse eu agora distante ou perdido, ainda sofro e muito.

10 Auxilie-me, querida mãezinha, a estar sempre em paz, pois desejo crescer em conhecimento e trabalho para ser útil.
Peço o mesmo ao papai Áldano; compreendo, porém, que isso para ele é mais difícil. Para Deus, no entanto, pode existir o difícil, mas não o impossível.

11 Tenho sido muito amparado pela vó Conceição n e pelas preces de nossa querida benfeitora Antonieta. n

12 Rogo seja dito à vovó Almerinda que venho recebendo todas as suas preces de bondade e proteção e sou muito grato pelo auxílio constante.

13 Mamãe querida, querida mãezinha Irene, não julgue pudesse ter ficado. Voltar mais cedo para cá era obrigação traçada no Mais Alto em nosso auxílio e sei que o seu carinho não quereria que eu vivesse no mundo, a crescer doente e inútil.
Sei que a sua dedicação me compreende e me sinto reconfortado com isso.

14 Ao nosso Alan o meu abraço, com muito amor para a vovó.

15 E, porque não posso continuar, receba com o papai Áldano muitos beijos do seu filho, sempre seu,


Aldan

19 de dezembro de 1980.



Obs. As notas de rodapé do livro impresso foram reunidas no capítulo Notas. Este livro foi rediagramado pelo compilador.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir