TEMA — Compreensão e tolerância.
1 Reportando-nos às ofensas que porventura nos conturbem a caminhada, recordemos os tesouros de orientação e discernimento que nos felicitam a alma.
2 Compete-nos a obrigação de reconhecer que nós, os Espíritos encarnados e desencarnados que hoje nos devotamos ao Evangelho explicado pela Codificação Kardequiana, guardamos elucidações em torno das realidades essenciais da Vida e do Universo em grau de esclarecimento e convicção que a maioria dos profitentes de muitas das escolas religiosas da Terra estão longe de alcançar.
3 Conhecemos, raciocinadamente:
a vida além da morte;
4 a responsabilidade compulsória da consciência de cada um, na lei de causa e efeito;
5 o intercâmbio do mundo espiritual com o mundo físico;
6 a reencarnação;
7 o problema das provas;
8 o impositivo de esquecimento de todo mal;
9 a necessidade constante da prática do bem;
10 a mediunidade com os fatos que lhe são consequentes;
11 o princípio das afinidades com os imperativos da sintonização fluídica;
12 a obsessão visível e a obsessão oculta;
13 o degrau evolutivo em que cada criatura se coloca;
14 a diferença entre cultura do cérebro e direção do sentimento.
15 Por outro lado, recebemos favores constantes, como sejam:
a interpretação clara das lições de Jesus;
16 o consolo e a advertência de amigos domiciliados em Planos superiores;
17 o benefício da prece espontânea sem o constrangimento de quaisquer preceitos convencionais;
18 a intervenção fraternal no socorro aos Espíritos infelizes;
19 a cooperação do magnetismo sublimado 20 e múltiplas expressões de auxílio que vão da palestra doutrinária às mais elevadas demonstrações de carinho e abnegação da Espiritualidade Maior.
21 É razoável concluir, assim, que se nós, os que sabemos tanto da verdade e recolhemos tanto amparo, ainda ofendemos a outrem sem perceber, como exibir demasiada severidade perante aqueles irmãos da Humanidade que nada recebem do muito que conhecemos e recebemos?
22 Reflitamos nisso e abramos o coração ao entendimento e à misericórdia, porquanto somente pelo cultivo da misericórdia e do entendimento é que encontraremos, em nós mesmos, a força do amor capaz de garantir em nós e fora de nós a construção do Reino de Deus.
Emmanuel