O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Estude e viva — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


27.1

No exame do perdão

(Temas estudados)

O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. X — Item 13

O Livro dos Espíritos — Questão 872


1 Observemos o ensinamento do Cristo, acerca do perdão.

2 Note-se que o Senhor afirma, convincente:
— “Se o vosso irmão agiu contra vós…” ( † )
Isso quer dizer que Jesus principia considerando-nos na condição de pessoas ofendidas, incapazes de ofender; ensina-nos a compreender os semelhantes, crendo-nos seguros no trato fraternal.

3 Nas menores questões de ressentimento, sujeitemo-nos a desapaixonado autoexame.

4 Quem sabe a reação surgida contra nós terá nascido de ações impensadas, desenvolvidas por nós mesmos?

5 Se do balanço de consciência estivermos em débito para com os outros, tenhamos suficiente coragem de solicitar-lhes desculpas, diligenciando sanar a falta cometida e articulando serviço que nos evidencie o intuito de reparação.

6 Se nos sentimos realmente feridos ou injustiçados, esqueçamos o mal. 7 Na hipótese de o prejuízo alcançar-nos individualmente e tão somente a nós, reconheçamo-nos igualmente falíveis e ofertemos aos nossos inimigos imediatas possibilidades de reajuste. 8 Se, porém, o dano em que fomos envolvidos atinge a coletividade, cabendo à justiça e não a nós o julgamento do golpe verificado, é claro que não nos compete louvar a leviandade. 9 Ainda assim, podemos reconciliar-nos com os nossos adversários, em espírito, orando por eles e amparando-os, por via indireta, a fim de que se valorizem para o bem geral nas tarefas que a vida lhes reservou.

10 De qualquer modo, evitemos estragar o pensamento com o vinagre do azedume.  11 Nem sempre conseguimos jornadear, nas sendas terrestres, junto de todos, porquanto, até que venhamos a completar o nosso curso de autoburilamento no instituto da evolução universal, nem todos renasceremos simultaneamente numa só família e nem lograremos habitar a mesma casa.

12 Sigamos, assim, de nossa parte, vida afora, em harmonia com todos, embora não possamos a todos aprovar, entendendo e auxiliando, desinteressadamente, aqueles diante dos quais ainda não possuímos o dom de agradar em pessoa, e rogando a Bênção Divina para aqueles outros junto de quem não nos será lícito apoiar a delinquência ou incentivar a perturbação.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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