O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Estude e viva — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


18.1

Golpes duplos

(Temas estudados)

O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. XVII — Item 3

O Livro dos Espíritos — Questão 642


1 Ostensivamente, não teremos prejudicado a qualquer pessoa.
Do ponto de vista do acatamento à segurança geral carregamos a alma tranquila.

2 Quantos de nós, porém, estaremos livres de remorso pelos danos indiretos que tenhamos causado?

3 Não subtraímos dinheiro à bolsa do próximo; entretanto, se caímos inadvertidamente em pessimismo, comunicando desânimo aos companheiros, afastamo-los de oportunidades preciosas, no terreno de vantagens corretas, com as quais talvez minorassem muitas das grandes necessidades que nos rodeiam.

4 Não preterimos o direito de nossos irmãos nas atividades profissionais a que se afeiçoam, mas se nos prendemos com apego indébito e enfermiço a algum ou a alguns deles, desencorajando-lhes qualquer impulso à renovação, acabamos por impedir-lhes o acesso a encargos superiores, nos quais teriam efetuado maior prestação de serviço em apoio da Humanidade.

5 Não roubamos a alegria dos semelhantes; todavia, se entramos em desespero, sempre injustificável, instilamos desalento e amargura naqueles que mais amamos, aniquilando-lhes a coragem.

6 Não traímos a ordem, mas toda vez que desertamos, sem claro motivo, do dever que nos cabe, estragamos a confiança naqueles que nos procuram ação ou cooperação, frustrando, de algum modo, a harmonia de que carecem na sustentação da própria tranquilidade.

7 Ninguém é trazido a viver, sentir, imaginar e raciocinar para ocultar-se.

8 Cada um de nós permanece no lugar exato, a fim de realizar o melhor que pode.

9 Efetivamente, somos responsáveis pelo mal que praticamos e pelo bem que deixamos de fazer, sempre que dispomos de recursos para faze-lo. 10 E ao lado das culpas que trazemos por ofensas declaradas ou por omissões em serviço, temos ainda as que nascem dos golpes duplos que desferimos, sobre os quais raramente meditamos: — aqueles do mal que causamos aos outros, depois de causá-lo a nós.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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