1 Muitos rogam chorando.
E muitos recebem sorrindo as concessões que solicitam do Celeste Poder.
2 Entretanto, é preciso não olvidar os compromissos que a dádiva envolve em si mesma.
3 Na vida comum disputamos determinada posição de serviço, não somente para amealhar os vencimentos que lhe digam respeito, mas, também, para trabalhar, fazendo jus ao salário ganho.
4 Uma planta simples recebe do horticultor cuidados especiais não apenas para adornar a paisagem, mas, igualmente, para produzir, valorizando-lhe o suor e o celeiro.
5 É imprescindível, assim, meditar nas responsabilidades das bênçãos que entesouramos.
6 Rogamos ao Céu a prerrogativa da saúde e o equilíbrio físico nos enriquece a existência, entretanto, chegará o dia em que a Divina Contabilidade nos examinará as experiências.
7 Pretendemos dignificar a personalidade com títulos que nos aformoseiem a condição social e as forças intangíveis das Esferas Superiores nos auxiliam, através de mil modos, na aquisição deles.
8 No entanto, surgirá o momento em que seremos convocados à prestação de informes sobre o aproveitamento edificante da oportunidade que nos foi concedida.
9 É justo pedir sempre.
E é natural receber sempre mais.
10 Todavia, a Lei Sábia e Justa nos espreita os passos e os movimentos, de vez que se há tempo de emprestar, há também tempo de ressarcir.
11 Vejamos, pois, que fazemos da riqueza de luz, a expressar-se na fé renovadora e reconfortante que nos ampara atualmente os destinos.
12 Ontem, antes da presente romagem evolutiva, éramos órfãos de paz e segurança, vagueando no turbilhão das sombras a que relegamos o próprio espírito pela delinquência multissecular, mas, o Senhor assinalando-nos as súplicas, reformou-nos os títulos de trabalho, em favor de nosso próprio aperfeiçoamento.
13 Somos servos privilegiados com valioso empréstimo de dons sublimes.
Abstenhamo-nos, desse modo, da perda de tempo e ataquemos a tarefa que nos compete atender.
14 Hoje, brilha conosco o ensejo de auxiliar, aprender, amar, perdoar, sublimar e redimir…
15 Não nos esqueçamos, porém, de que as horas voam apressadas e de que Amanhã, a Lei nos tomará contas do serviço realizado, porque obter, na Terra ou no Céu, exige fazer e resgatar.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1988 pela editora IDEAL e é a 3ª lição do livro: “Alvorada do Reino.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.