Luís Eduardo cursava a 8ª série do Colégio Anglo-Latino, e destacava-se por seu desempenho, estando entre os primeiros colocados de sua classe. A leucemia linfóide aguda que provocou seu desencarne nunca foi usada para [que] faltasse às aulas ou sequer o impediu de gostar e praticar esportes pois esquiava e jogava hóquei sobre patins.
Seus amigos ficaram chocados com sua partida e Luís Eduardo foi homenageado na cerimônia de formatura de sua turma.
A família de Luís Eduardo não era espírita mas logo que ele desencarnou seus pais pensaram em procurar Chico Xavier.
Luís Eduardo foi cremado numa sexta-feira e no domingo, levada por uma vizinha, dona Niltes, sua mãe, entrou em contato com dona Yolanda Cezar (mãe de Augusto Cezar Neto, página 30) a qual orientou seus passos até Chico Xavier. Luís já enviou quatro mensagens.
DEPOIMENTO
Estas são as palavras de Dona Niltes.
“A mensagem de nosso filho nos devolveu a vontade de viver pois, para nós, parecia que o mundo desabava.
Começamos a trabalhar na assistência ao próximo carente, fazendo tudo que nos é possível, com grande prazer e amor. Sinto-me feliz quando estou neste trabalho. As palavras de Luís são uma convocação às pessoas para que se ocupem e não fiquem com as mãos desativadas, perante tanto trabalho a fazer em prol dos necessitados.
Queremos agradecer a Jesus e ao grande médium Francisco Cândido Xavier, que, através de sua candura, nos presenteou com a primeira mensagem naquele dia memorável, dando-nos a certeza de que a vida continua, que nosso filho hoje encontra-se em um lugar maravilhoso, um mundo limpo e honesto, onde todos trabalham por uma causa em comum, que é ajudar sempre o próximo em desespero.”
Niltes Aparecida Pinelli Cacciatore
ESCLARECIMENTOS
Esclarecimentos sobre o texto da mensagem:
Pais: José Fernando Cacciatore e Niltes Aparecida Pinelli Cacciatore.
Irmão: Luciano Cacciatore.
O amigo é Augusto Cezar Neto (vide página 30) que conheceu no Plano espiritual, filho de Yolanda Cezar.
O avô João Hygino Pinelli, pai de Niltes, desencarnou em 14 de novembro de 1951.
MENSAGEM
1 Querida mãezinha Niltes,
Associo o papai Fernando e o nosso Luciano às saudações que formulo ao abraçá-la.
2 Mãezinha Niltes, depois de tantas complicações, processos e retrocessos no corpo doente, a minha alegria é de lhe reafirmar os meus agradecimentos, porque em verdade, só as mães conseguem viver no milagre do trabalho incansável, junto a um filho doente.
3 Se eu amava aos meus pais, quando em criança, presentemente esse amor é muito maior, porque o sofrimento me forneceu a medida do caminho e da abnegação dos pais que Deus nos concede, através da vida. 4 Creio sobretudo, que ser mãe é sofrer constantemente na casa da esperança e chorar quando os filhos sofrem, ansiando tomar-lhes a dor para si própria, transferindo-se em guardiãs de nossa segurança e de nossa felicidade. 5 Sinto-me feliz ao pensar que aqueles dias e noites se foram com o arquivo das horas, marcadas de inquietação e que hoje sobra para nós a alegria de colaborar para que o sofrimento de tantos filhos doentes seja minimizado com as migalhas de amor que lhes possamos oferecer.
6 Mãe querida, trabalhe sempre nessa causa bendita de amparo voluntário aos que atravessam provações que não conhecemos.
7 A possibilidade de estender o bem ao próximo, pelas maneiras justas que nos façam possíveis, é um privilégio e digo assim porque hoje vejo tantas mãos disponíveis para a seara do bem, desativadas nem sei porquê. 8 Não estou fazendo qualquer apreciação crítica, porque não disponho de qualquer autoridade para isso, mas pelo discernimento natural que a vida nos coloca na cabeça, experimentamos o sonho de ver todos os companheiros e companheiras da Terra, unidos no mesmo propósito de ampliar o bem para os outros, sem qualquer preocupação por recompensas.
9 Feliz de você, querida mãezinha Niltes, que despertou para o trabalho do amparo aos nossos irmãos do caminho, antes que a doença viesse acordá-la. Digo assim, porque o doente fui eu, sequioso de energias para agir e fazer o bem, quando isso já não mais se me fazia possível.
10 Mãezinha, estamos nas preces comemorativas da libertação do nosso amigo Augusto e é com muita alegria que falamos aqui da transferência de um amigo da Terra para a Espiritualidade. Parece que estamos numa festa, que poderíamos nomear por “Festa da Saudade sem Lágrimas” e agradeço à mãezinha Yolanda haver incluído o seu nome na lista de nossos excursionistas.
11 Meu abraço ao papai José Fernando e ao Luciano. O querido avô João Hygino está conosco e se associa ao nosso encontro espiritual.
12 Com os meus agradecimentos por todas as bênçãos que tenho recebido de seu amor, com a devoção filial de sempre, sou o seu filho e companheiro de sempre.
Luís Eduardo Cacciatore