O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Entre duas vidas — Familiares diversos


8

Companheiro que volta

1 Nossa querida irmã Lulu, o Senhor nos abençoe.

2 Partilhamos a caravana fraterna e juntamente do nosso Pedro Rocha Costa, deixamos ao seu coração amigo, tanto quanto aos corações dedicados de nossos amigos outros, a certeza de nossa amizade.

3 Conquanto não me tivesse consagrado quanto devia às tarefas espíritas-cristãs no Espírito Santo, ligado qual me achava a outros setores espiritualistas, vejo-me agora na companhia de outros irmãos de trabalho renovador, honrado pela colaboração pequenina que posso prestar em minha comprovada insuficiência à sementeira de nossos princípios e ideais ante o Consolador Prometido.

4 Há mais de trinta anos, deixei minhas derradeiras lembranças em nossa Cachoeiro e isso é tempo bastante para reformular as minhas concepções e convicções, abençoando o novo terreno que fomos chamados a lavrar.

5 Em nome de nossos Instrutores das Esferas Maiores, rogo-lhes, à querida irmã e aos nossos amigos da lavoura de luz para a infância, permanecermos atentos ao serviço de amparo às novas gerações, perante o futuro.

6 Atendamos ao continuísmo de nossas estruturas de serviço, porquanto as nossas responsabilidades são muito grandes. Graças à Divina Providência, a obra prossegue de maneira promissora e tudo devemos oferecer de nós próprios, a fim de que a vejamos em plena frutescência para o amor de Jesus.

7 Querida irmã, oremos, rogando ao Senhor nos fortaleça e mantenha a perseverança.

8 Em nome dos nossos amigos Pedro, Jerônimo, Luiz, Ypoméa e tantos outros que nos compõem na Espiritualidade a família maior, receba com os nossos irmãos de Vitória e os demais amigos queridos que nos compartilham as preces, o nosso carinho e confiança num abraço fraternal.


Sebastião Alves Pinho

(C.I., 23-6-1938)      


LAVOURA DE LUZ


Sobre a mensagem de Sebastião Alves Pinho, destaquemos alguns tópicos da carta que nos enviou o confrade Júlio César Grandi Ribeiro, de Vitória, Estado do Espírito Santo, datada de 2 de fevereiro de 1971.

Depois de afirmar que a mensagem foi psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, num sábado, após a peregrinação, quando da visita de uma caravana do Espírito Santo a Uberaba, em meados de 1970, afirma o distinto companheiro de ideal espírita:

“Não foi fácil colher os dados de confirmação, que o próprio Chico nos pediu. Nos arquivos do cemitério local nada havia que pudesse elucidar a busca.

Houve necessidade de interferência do Dr. José de Medeiros Corrêa Júnior (que o Chico conhece muito), que é Juiz da Comarca de Cachoeiro, e ele próprio auxiliou nas pesquisas em cartórios diversos. Levou-se quase dois meses para localização do atestado de óbito (os livros muito antigos, fora de ordem, etc., etc.).

Veio, por fim, a confirmação nos dados abaixo:

Sebastião Alves Pinho — Faleceu em 23 de junho de 1938, em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo. Era português, casado, tendo deixado três filhos: Otália, Miguel e Bernardo. Teve a profissão de pedreiro. Causa-mortis: “insuficiência cardíaca”. Seu óbito na Comarca de Cachoeiro teve o nº 6.466.”

Interessante salientar que o Espírito escreveu as iniciais C.I. (Cachoeiro de Itapemirim), e além da data de sua desencarnação, informou haver sido português, operário em serviços de alvenaria e cantaria, tendo deixado filhos.

Como se pode depreender facilmente do conteúdo da mensagem, psicografada na velha ortografia, o Espírito se preocupa com as novas gerações, alertando-nos para a nossa grande responsabilidade. Com efeito, a nós espíritas, na atual conjuntura humana, cabe o papel de relevante importância porque somos os únicos detentores de elementos suscetíveis de consolar a Humanidade, traduzidos na lei reencarnacionista e na certeza do continuísmo da vida após o túmulo.

Aspecto original que deve ser lembrado, finalmente, é o da família maior existente na Espiritualidade, a que se refere o Autor. Atentos a essa família que convive conosco, do outro plano da vida, esforçemo-nos por oferecer-lhe condições de aprimoramento e de progresso sempre crescentes, uma vez que tanto lá quanto aqui, todos somos criaturas carecentes de luz, progresso e renovação, ante a Infinita Bondade do Criador.


Elias Barbosa


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