1 A indulgência não é apenas caridade para com os outros. Erige-se igualmente como sendo processo de nos imunizarmos contra o impacto de vibrações destrutivas. 2 Por isto mesmo, o tato deve estar conosco, à feição de porta-verdade, a fim de que os nossos pensamentos não venham a ferir os outros, tornando de outros para nós, de maneira a ferir-nos.
3 Assim nos expressamos porque a ideia em si é fonte de força em que a palavra se articula.
4 Aprendamos, ainda e sempre, a empregar a indulgência construtivamente, em se tratando das pessoas.
5 Quando esse companheiro ou aquela companheira se mostrarem autoritários, de modo excessivo, mentalizemo-los por irmãos responsáveis e confiantes;
6 surgindo os que se nos afigurem vagarosos, na execução das tarefas que lhes caiba, imaginemo-los por meticulosos e tímidos, nunca por preguiçosos ou lerdos;
7 se aparecem por figurinos de avareza e se chamados a exprimir-nos, quanto a eles, interpretemo-los por amigos da poupança e não da sovinice;
8 quando se revelarem portadores de opiniões demasiado francas, aceitemo-los por amigos sinceros mas não imprudentes;
9 em se evidenciando facilmente irritáveis, vejamo-los por temperamentos emotivos e não por pessoas aborrecidas ou intolerantes;
10 e quando se nos destaquem aos olhos por irmãos indecisos ou amorfos, saibamos classificá-los por amigos cautelosos e moderados.
11 Indubitavelmente os pensamentos e as palavras, na expressão simbólica, são cores e tintas com que nos será lícito expressar a própria conceituação de acontecimentos determinados, no entanto, em se tratando de criaturas sensíveis quanto nós, sejamos observadores das ocorrências e irmãos das pessoas, a fim de auxiliá-las para que igualmente nos auxiliem. 12 Busquemos sentir e pensar, agir e realizar no bem e saberemos sempre sacar do coração e do cérebro a boa palavra capaz de compreender e de amparar, orientar e servir.
Emmanuel