O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Evolução em dois mundos — André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira — 2ª Parte


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Evolução e destino

(Sumário)

1. — O mal está determinado no conteúdo do nosso destino?

— Ninguém nasce destinado ao mal, porque semelhante disposição derrogaria os fundamentos do Bem Eterno sobre os quais se levanta a Obra de Deus.

2 O Espírito renascente no berço terrestre traz consigo a provação expiatória a que deve ser conduzido ou a tarefa redentora que ele próprio escolheu, de conformidade com os débitos contraídos.

3 Prevalece aí o mesmo princípio que vige para as sociedades terrestres, pelo qual, se o homem é malfeitor confesso, deve ser segregado em estabelecimento correcional adequado para a reeducação precisa, e, se é apenas aprendiz no campo da experiência, com dívidas e créditos, sem falta grave a resgatar, é justo possa pedir às autoridades superiores, que lhe presidem os movimentos, o gênero de trabalho ou de luta em que se sinta mais apto ao serviço de autoaperfeiçoamento. 4 Entendamos, porém, que, se perpetrou delito passível de dolorosa punição, não é ele internado na penitenciária ou no trabalho reparador para que se desmande, deliberadamente, em delitos maiores, o que apenas lhe agravaria as culpas já formadas perante a Lei.

5 É natural que o devedor, nessa ou naquela forma de resgate, venha a sofrer fortes impulsos e recidivas no erro em que faliu, tanto maiores quão mais extenso lhe tenha sido o transviamento moral; entretanto, a provação deve ser assimilada como recurso de emenda, nunca por válvula de expansão das dívidas assumidas.

6 Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de ser relapso ou vicioso, madraço ou delinquente, com passagem justificada no latrocínio ou na dipsomania, no meretrício ou na ociosidade, no homicídio ou no suicídio. Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida, durante a recapitulação de nossas próprias experiências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos digno, mas isso constitui a influência de nosso passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nossa, de tomar a ser o que já fomos, em contraposição ao que devemos ser.


  2. — Qual a relação percentual de tempo existente entre os estágios que o Espírito de elevação mediana vive como encarnado e como desencarnado?

1 — A percentagem de tempo no Plano espiritual para as criaturas de evolução mediana varia com o grau de aproveitamento de tempo no estágio recente que desfrutaram no corpo físico.

2 Quão mais vasta a provisão de conhecimento e maior a aquisição de virtudes, por parte do Espírito, mais largo período desfruta na Esfera Superior para obtenção de mais nobres recursos para mais alta ascensão.


  3. — Poderíamos identificar algum elo da evolução que existe no Plano Extrafísico e que é desconhecido na Terra?

— Além do Plano físico, a investigação humana encontrará material valioso de observação para elucidar os variados problemas concernentes à evolução do ser.


  4. — Ainda, na atualidade, os Instrutores Espirituais intervêm na melhoria das formas evolutivas inferiores nas quais o princípio inteligente estagia?

— Sim, porque todos os campos da Natureza contam com agentes da Sabedoria Divina para a formação e expansão dos valores evolutivos.


  5. — Dentre todos os animais superiores, abaixo do homem, qual é o detentor de mais dilatadas ideias fragmentos?

— O assunto demanda longo estudo técnico na esfera da evolução, porque há ideias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros. Ainda assim, nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo.


André Luiz


Pedro Leopoldo, 22/6/1958.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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